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O Desejado de Todas as Nações
LivrosAutor: Ellen White
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em tons zombeteiros e altivos, exigindo que Jesus operasse diante deles um de Seus poderosos milagres. Mas suas palavras caíram aos ouvidos do Salvador como se as não tivera escutado. O povo comparava a conduta desperta e maligna de Anás e Caifás com a serena, majestosa atitude de Jesus. No próprio espírito daquela endurecida multidão, surgiu a pergunta: Terá esse homem de aspecto divino que ser condenado como criminoso?

Percebendo a influência que se estava exercendo, Caifás apressou o julgamento. Os inimigos de Jesus achavam-se em grande perplexidade. Estavam resolvidos a firmar Sua condenação, mas como consegui-lo, não o sabiam. Os membros do conselho estavam divididos entre fariseus e saduceus. Renhida animosidade e contenda reinava entre eles; não ousavam abordar certos pontos disputados, por temor de briga. Com poucas palavras poderia Cristo haver despertado os preconceitos de uns contra os outros, e teria assim desviado de Si a ira deles. Bem o sabia Caifás, e desejava evitar uma contenda. Havia numerosas testemunhas para provar que Cristo acusara os sacerdotes e escribas, que lhes chamara hipócritas e homicidas; mas esse testemunho, não era conveniente apresentar. Em suas cortantes disputas contra os fariseus, haviam-se os saduceus servido de idêntica linguagem. E tal testemunho não teria nenhuma força diante dos romanos, que estavam eles mesmos desgostosos com as pretensões dos fariseus. Havia abundantes provas de que Jesus desprezara a tradição dos judeus, e falara irreverentemente de muitas de suas ordenanças; mas quanto às tradições, fariseus e saduceus estavam de arma em riste entre si; e também essa prova nenhum peso teria quanto aos romanos. Os inimigos de Cristo não ousavam acusá-Lo de transgressor do sábado, para que um exame não revelasse o caráter de Sua obra. Fossem Seus milagres de cura trazidos à luz, e estaria derrotado o objetivo dos sacerdotes.

Subornaram-se falsas testemunhas para acusarem a Jesus de incitar rebelião e buscar estabelecer um governo separado. Mas seus testemunhos se demonstraram vagos e contraditórios. Ao serem interrogados, falsearam suas próprias declarações.

No princípio de Seu ministério, dissera Cristo: "Derribai este templo, e em três dias o levantarei." Na figurada linguagem da profecia, predissera assim Sua própria morte e ressurreição. "Ele falava do templo de Seu corpo." João 2:19 e 21. Essas palavras compreenderam os judeus em seu sentido literal, como se referindo ao templo de Jerusalém. De tudo quanto Cristo dissera, não podiam os sacerdotes encontrar nada de que se servir contra Ele, a não ser

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