- O Desejado de Todas as Nações VII. Aproxima-se o Fim
Ais Sobre os Fariseus
Capítulo: 066 067068
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tornando responsáveis pelo sangue de todos os justos mortos desde Abel até Cristo. Estavam prestes a fazer transbordar sua taça de iniqüidade. E dentro em pouco lhes seria ela derramada sobre a cabeça em juízo de retribuição. Disso os advertiu Jesus:
"Para que sobre vós caia todo o sangue justo, que foi derramado sobre a Terra, desde o sangue de Abel, o justo, até o sangue de Zacarias, filho de Baraquias, que matastes entre o santuário e o altar. Em verdade vos digo que todas estas coisas hão de vir sobre esta geração." Mat. 23:35 e 36.
Os escribas e fariseus que escutavam Jesus, sabiam que Suas palavras eram verdadeiras. Sabiam como fora morto o profeta Zacarias. Enquanto as palavras de advertência vindas de Deus se achavam em seus lábios, uma fúria satânica apoderou-se do rei apóstata e, por sua ordem, foi morto o profeta. Seu sangue assinalara as pedras do próprio pátio do templo, e não pôde ser apagado; ali ficou para dar testemunho contra o apóstata Israel. Enquanto o templo existisse, ali estaria a mancha daquele sangue justo, clamando a Deus vingança. Ao referir-Se Jesus a esses terríveis pecados, um arrepio de horror passou pela multidão.
Antevendo o futuro, declarou Jesus que a impenitência dos judeus e sua intolerância para com os servos do Senhor seriam futuramente as mesmas do passado:
"Portanto, eis que Eu vos envio profetas, sábios e escribas; e a uns deles matareis e crucificareis; e a outros deles açoitareis nas vossas sinagogas e os perseguireis de cidade em cidade." Mat. 23:34. Profetas e sábios, cheios de fé e do Espírito Santo – Estêvão, Tiago e muitos outros – seriam condenados e mortos. Com a mão erguida para o Céu e uma luz divina a circundá-Lo, Cristo falou como juiz aos que se achavam diante dEle. Sua voz, tantas vezes ouvida em suavidade e súplica, fazia-se agora ouvir em censura e condenação. Os ouvintes tremeram. Jamais se havia de apagar a impressão produzida por Suas palavras e Seu olhar.
A indignação de Cristo era contra a hipocrisia, os crassos pecados pelos quais os homens estavam destruindo a própria alma, enganando o povo e desonrando a Deus. No enganador raciocínio dos sacerdotes e principais, distinguia Ele a operação de forças satânicas. Viva e penetrante fora Sua acusação do pecado; mas não proferiu palavras de vingança. Tinha uma santa indignação contra o príncipe das trevas; mas não manifestava nenhuma irritação. Assim o cristão que vive em harmonia com Deus, possuindo os suaves atributos do amor e da misericórdia, experimentará uma justa indignação contra o pecado;