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O Desejado de Todas as Nações
LivrosAutor: Ellen White
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Conflito
Capítulo: 065 066067
Pág. 602

Houvessem sido sinceras as palavras: "Nós sabemos que falas e ensinas bem e retamente", e teriam sido uma confissão admirável. Mas foram ditas para enganar; não obstante, seu testemunho era verdadeiro. Os fariseus sabiam que Cristo dizia e falava o que era reto, e por seu próprio testemunho serão eles julgados.

Os que propunham a pergunta a Cristo, julgavam haver disfarçado suficientemente seu desígnio; mas Jesus leu-lhes o coração como um livro aberto, e sondou-lhes a hipocrisia. "Por que Me tentais?" disse Ele; dando-lhes assim, por mostrar que lhes lia o oculto intento, um sinal que não tinham pedido. Mais confusos ainda ficaram quando acrescentou: "Mostrai-Me uma moeda." Trouxeram-Lha, e Ele lhes perguntou: "De quem tem a imagem e a inscrição? E, respondendo eles, disseram: De César." Apontando a inscrição na moeda, disse Jesus: "Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus." Luc. 20:23-25.

Os espias haviam esperado que Jesus respondesse diretamente à pergunta, de uma ou de outra maneira. Se Ele dissesse: Não é lícito dar tributo a César, seria levado às autoridades romanas, e preso por incitar rebelião. No caso de declarar lícito pagar o tributo, porém, intentavam acusá-Lo perante o povo como contrário à lei divina. Sentiram-se então confusos e derrotados. Frustraram-se-lhes os planos. A maneira sumária por que fora assentada a questão por eles proposta, deixou-os sem ter que dizer.

A resposta de Cristo não foi uma evasiva, mas uma réplica sincera. Segurando a moeda romana sobre que se achavam inscritos o nome e a imagem de César, declarou que, uma vez que estavam vivendo sob a proteção do poder romano, deviam prestar àquele poder o apoio que lhes exigia, enquanto isso não estivesse em oposição a um mais elevado dever. Mas, conquanto pacificamente sujeitos às leis da Terra, deviam em todos os tempos manter primeiramente lealdade para com Deus.

As palavras do Salvador: "Dai … a Deus o que é de Deus" (Luc. 20:25), foram uma severa repreensão aos intrigantes judeus. Houvessem cumprido fielmente suas obrigações para com Deus, e não teriam chegado a ser uma nação falida, subjugada a uma potência estrangeira. Nenhuma insígnia romana haveria tremulado sobre Jerusalém, nenhuma sentinela romana lhe jazeria às portas, nem romano governo teria reinado dentro de seus muros. A nação judaica estava então pagando a pena de sua apostasia de Deus.

Ao ouvirem os fariseus a resposta de Cristo, "maravilharam-se e, deixando-O, se retiraram". Mat. 22:22. Ele lhes censurara a hipocrisia e presunção e, assim fazendo, expressara um grande princípio,

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