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O Desejado de Todas as Nações
LivrosAutor: Ellen White
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sabeis, nem considerais que nos convém que um homem morra pelo povo, e que não pereça toda a nação." João 11:49 e 50. Ainda que Jesus fosse inocente, insistia o sumo sacerdote, devia ser afastado do caminho. Ele era perturbador, arrastando o povo após Si e diminuindo a autoridade dos principais. Era apenas um; melhor seria morrer Ele que enfraquecer-se a autoridade dos príncipes. Se o povo perdesse a confiança em seus chefes, estaria destruído o poder nacional. Caifás argumentava que, depois desse milagre, os seguidores de Cristo seriam capazes de revoltar-se. Virão então os romanos, disse ele, e fecharão nosso templo e abolirão nossas leis, destruindo-nos como nação. Que vale a vida desse galileu, quando comparada com a do povo? Se Ele é um obstáculo ao bem-estar de Israel, não é prestar a Deus um serviço, removê-Lo daí? É melhor que um homem pereça, do que ser destruída toda a nação.

Declarando que um homem devia morrer pelo povo, mostrava Caifás certo conhecimento das profecias, se bem que muito limitado. João, porém, ao narrar esta cena, toma a profecia, apresentando seu vasto e profundo significado. Diz: "E não somente pela nação, mas também para reunir em um corpo os filhos de Deus, que andavam dispersos." João 11:52. Quão cegamente reconhecia o soberbo Caifás a missão do Salvador!

Nos lábios de Caifás, tornava-se mentira essa preciosíssima verdade. A política por ele defendida baseava-se num princípio tomado emprestado ao paganismo. Entre os gentios, a vaga consciência de que alguém devia morrer pela humanidade, levara à oferta de sacrifícios humanos. Assim propunha Caifás, pelo sacrifício de Cristo, salvar o povo culpado, não da transgressão, mas na transgressão, a fim de que pudessem continuar em pecado. E por seu raciocínio pensava reduzir ao silêncio os que ousavam dizer que até então coisa alguma digna de morte se achara em Jesus.

Nesse conselho experimentaram os inimigos de Cristo profunda convicção. O Espírito Santo lhes impressionara a mente. Mas Satanás esforçou-se por conquistar o domínio sobre ela. Insistiu em lhes pôr diante as ofensas que haviam sofrido por causa de Cristo. Quão pouco honrara Ele sua justiça! Apresentava uma justiça incomparavelmente superior, a qual deviam possuir todos quantos quisessem ser filhos de Deus. Sem dar nenhuma atenção a suas formalidades e cerimônias, animara o pecador a dirigir-se diretamente a Deus como a um misericordioso Pai, e a falar-Lhe de suas necessidades. Assim, na opinião deles, Jesus pusera à margem o sacerdócio. Recusara-Se a reconhecer a teologia das escolas dos rabis. Expusera as más práticas dos sacerdotes, e

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