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O Desejado de Todas as Nações
LivrosAutor: Ellen White
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Os links abaixo estão disponiveis com permissão do Ellen G. White Estate em Silver Spring, Maryland, EUA.

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aquele que Tu amas." João 11:3. Viram a violência do mal que atacara o irmão, mas sabiam que Jesus Se demonstrara capaz de curar toda espécie de doenças. Acreditavam que delas Se compadeceria em sua aflição; não puseram, pois, maior empenho em que viesse imediatamente, mas enviaram apenas a confiante mensagem: "Eis que está enfermo aquele que Tu amas." Julgavam que atenderia imediatamente a esse apelo e Se acharia com elas assim que Lhe fosse possível. Ansiosas, aguardavam uma palavra de Jesus. Enquanto restou em seu irmão uma centelha de vida, oraram, e esperaram pelo Mestre. Mas o mensageiro voltou sem Ele. Trouxe, todavia, o recado: "Esta enfermidade não é para morte" (João 11:4), e elas se apegaram à esperança de que Lázaro viveria. Buscavam com ternura dirigir palavras de esperança e animação ao quase inconsciente enfermo. Quando Lázaro morreu, ficaram cruelmente decepcionadas; sentiam-se, porém, sustidas pela graça de Cristo, e isso as guardou de lançar qualquer censura ao Salvador.

Quando Cristo ouviu a notícia, os discípulos julgaram que a recebera friamente. Não manifestou o pesar que esperavam. Olhando para eles, disse: "Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de Deus; para que o Filho de Deus seja glorificado por ela." Por dois dias Se demorou no lugar em que Se achava. Essa demora era um mistério para os discípulos. Que conforto Sua presença seria para a aflita família! pensavam. Era bem conhecida dos discípulos Sua grande afeição pela família de Betânia, e surpreenderam-se de que Ele não atendesse à triste mensagem: "Eis que está enfermo aquele que Tu amas."

Durante os dois dias, Cristo parecia haver alijado da mente a notícia; pois não falava em Lázaro. Os discípulos lembraram-se de João Batista, o precursor de Jesus. Haviam-se admirado de que, com o poder de que dispunha para operar milagres maravilhosos, Cristo houvesse permitido que João definhasse no cárcere e morresse de morte violenta. Possuindo tal poder, por que não salvara a vida de João? Essa pergunta fora muitas vezes feita pelos fariseus, que a apresentavam como irrefutável argumento contra a afirmação de Cristo, de ser o Filho de Deus. O Salvador advertira os discípulos de provações, perdas e perseguições. Abandoná-los-ia na provação? Alguns cogitaram se se haviam enganado a respeito de Sua missão. Todos ficaram profundamente perturbados.

Depois de esperar dois dias, disse Jesus aos discípulos: "Vamos outra vez para a Judéia." João 11:7. Os discípulos reflexionavam por que, se Jesus ia para a Judéia, esperara dois dias? Mas a ansiedade

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