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O Desejado de Todas as Nações
LivrosAutor: Ellen White
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Os links abaixo estão disponiveis com permissão do Ellen G. White Estate em Silver Spring, Maryland, EUA.

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Não buscariam matar Aquele que estava falando a verdade que Lhe fora dada por Deus. Conspirando contra Cristo, os rabis não estavam fazendo as obras de Abraão. Não tinha nenhum valor a simples descendência natural de Abraão. Sem ter com ele ligação espiritual, a qual se manifestaria em possuir o mesmo espírito, e fazer as mesmas obras, não eram seus filhos.

Este princípio se relaciona com igual peso a uma questão longamente agitada no mundo cristão – a da sucessão apostólica. A descendência de Abraão demonstrava-se não por nome e linhagem, mas pela semelhança de caráter. Assim a sucessão apostólica não se baseia na transmissão de autoridade eclesiástica, mas nas relações espirituais. Uma vida influenciada pelo espírito dos apóstolos, a crença e ensino da verdade por eles ensinada, eis a verdadeira prova da sucessão apostólica. Isto é que constitui os homens sucessores dos primeiros mestres do evangelho.

Jesus negou que os judeus fossem filhos de Abraão. Disse: "Vós fazeis as obras de vosso pai." Em zombaria, responderam: "Nós não somos nascidos de prostituição; temos um Pai, que é Deus." João 8:41. Estas palavras, em alusão às circunstâncias de Seu nascimento, foram atiradas como uma estocada contra Cristo, em presença dos que começavam a nEle crer. Jesus não deu ouvidos à baixa insinuação, mas disse: "Se Deus fosse o vosso Pai, certamente Me amaríeis, pois que Eu saí, e vim de Deus." João 8:42.

As obras deles testificavam de suas relações com aquele que era mentiroso e assassino. "Vós tendes por pai ao diabo", disse Jesus, "e quereis satisfazer os desejos de vosso pai: ele foi homicida desde o princípio, não se firmou na verdade, porque não há verdade nele.… Mas porque Eu vos digo a verdade, não Me credes." João 8:44-46. O fato de Jesus falar a verdade, e isso com convicção, era motivo de não ser recebido pelos chefes judeus. Era a verdade que escandalizava esses homens cheios de justiça própria. A verdade expunha a falácia do erro; condenava-lhes o ensino e a prática, e era mal-recebida. Preferiam fechar os olhos à verdade a humilhar-se e confessar que tinham estado em erro. Não amavam a verdade. Não a desejavam, embora fosse a verdade.

"Quem dentre vós Me convence de pecado? E se vos digo a verdade, por que não credes?" João 8:46. Dia a dia, durante três anos, os inimigos de Cristo O haviam seguido, procurando encontrar uma mancha em Seu caráter. Satanás e toda a confederação do mal O tinham procurado vencer; mas coisa alguma nEle acharam de que se pudessem aproveitar. Os próprios demônios eram forçados a confessar: "Bem sei quem és: o Santo de Deus." Mar. 1:24. Jesus

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