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O Desejado de Todas as Nações
LivrosAutor: Ellen White
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Os links abaixo estão disponiveis com permissão do Ellen G. White Estate em Silver Spring, Maryland, EUA.

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todo hábito e prática opostos a seus princípios. Aos que assim se entregam a Deus, tendo sincero desejo de conhecer e fazer-Lhe a vontade, a verdade se revela como o poder divino para a salvação. Esses serão capazes de distinguir entre o que fala por Deus, e o que fala de si mesmo. Os fariseus não puseram sua vontade ao lado da vontade divina. Não buscavam conhecer a verdade, mas procuravam uma desculpa para a ela se esquivar; Cristo mostrou que era por isso que não Lhe entendiam os ensinos.

Deu então uma prova pela qual o verdadeiro mestre devia ser distinguido do enganador: "Quem fala de si mesmo busca a sua própria glória, mas o que busca a glória dAquele que o enviou, esse é verdadeiro, e não há nele injustiça." João 7:18. O que busca a sua própria glória está falando apenas de si mesmo. O espírito de interesse egoísta trai sua origem. Mas Cristo buscava a glória de Deus. Falava as palavras de Deus. Tal era o testemunho de Sua autoridade como mestre da verdade eterna.

Cristo deu aos rabis uma prova de Sua divindade, mostrando que lia o coração deles. Sempre, desde a cura de Betesda, vinham tramando Sua morte. Estavam assim quebrantando a lei que professavam defender. "Não vos deu Moisés a lei?" disse Ele, "e nenhum de vós observa a lei. Por que procurais matar-Me?" João 7:19.

Como relâmpago, essas palavras revelaram aos rabis o abismo de ruína em que estavam a ponto de imergir. Sentiram-se, por um instante, cheios de terror. Viram achar-se em luta com o poder infinito. Mas não queriam ser advertidos. A fim de manter sua influência sobre o povo, era preciso ocultar os desígnios homicidas que tinham. Fugindo à pergunta de Jesus, exclamaram: "Tens demônio; quem procura matar-Te?" João 7:20. Insinuavam que as maravilhosas obras de Jesus eram incitadas por um mau espírito.

A essa insinuação, Cristo não deu ouvidos. Continuou a demonstrar que Sua obra de cura, em Betesda, estava em harmonia com a lei do sábado, e justificava-Se pela interpretação dada pelos próprios judeus à lei. Disse Ele: "Pelo motivo de que Moisés vos deu a circuncisão… no sábado circuncidais um homem." João 7:22. Segundo a lei, toda criança devia ser circuncidada ao oitavo dia. Se o tempo designado caísse no sábado, o rito devia contudo ser cumprido. Quanto mais deve estar em harmonia com o espírito da lei curar "de todo um homem" (João 7:23) no sábado? E advertiu-os a não

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