- O Desejado de Todas as Nações V. Adensam-se as Sombras
Quem É o Maior
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Não bastava aos discípulos de Jesus o serem instruídos quanto à natureza de Seu reino. O que necessitavam era uma mudança de coração que os pusesse em harmonia com seus princípios. Chamando a Si uma criancinha, Jesus a colocou no meio deles; e, envolvendo ternamente o pequenino nos braços, disse: "Em verdade vos digo que, se vos não converterdes e não vos fizerdes como meninos, de modo algum entrareis no reino dos Céus." Mat. 18:3. A simplicidade, o esquecimento de si mesma e o confiante amor de uma criancinha, são os atributos estimados pelo Céu. São essas as características da verdadeira grandeza.
Jesus tornou a explicar aos discípulos que Seu reino não se caracteriza por terrena dignidade e ostentação. Junto a Jesus esquecem-se todas estas distinções. O rico e o pobre, o instruído e o ignorante se encontram, sem nenhuma idéia de classe ou mundana preeminência. Todos se aproximam como almas compradas por sangue, igualmente dependentes dAquele que as redimiu para Deus.
A alma sincera e contrita é preciosa diante de Deus. Ele coloca o Seu sinete sobre os homens, não por posição, não por fortuna, não por sua grandeza intelectual, mas pela sua unidade com Cristo. O Senhor da glória fica satisfeito com aqueles que são mansos e humildes de coração. "Também me deste o escudo da Tua salvação: ... e a Tua mansidão" – como elemento no caráter humano – "me engrandeceu." Sal. 18:35.
"Qualquer que receber um destes meninos em Meu nome", disse Jesus, "a Mim Me recebe; e qualquer que a Mim Me receber, recebe, não a Mim, mas ao que Me enviou." Mar. 9:37. "Assim diz o Senhor: O Céu é o Meu trono, e a Terra o escabelo dos Meus pés:… mas eis para quem olharei: para o pobre e abatido de espírito, e que treme da Minha palavra." Isa. 66:1 e 2.
As palavras do Salvador despertaram nos discípulos um sentimento de desconfiança de si mesmos. Ninguém fora especialmente apontado na resposta; mas João foi levado a duvidar de que em certo caso sua atitude fora correta. Com espírito de criança, expôs a questão a Jesus. "Mestre", disse ele, "vimos um que em Teu nome expulsava demônios, o qual não nos segue; e nós lho proibimos, porque não nos segue." Luc. 9:49.
Tiago e João pensaram que, opondo-se a esse homem, tinham tido em vista a honra de seu Senhor; começaram a ver que tiveram ciúmes da sua própria. Reconheceram seu erro e aceitaram a reprovação de Jesus: "Não lho proibais; porque ninguém há que faça milagres em Meu nome e possa logo falar mal de Mim." Mar. 9:39. Pessoa alguma que se mostrasse de algum modo amiga de Cristo,