- O Desejado de Todas as Nações V. Adensam-se as Sombras
A Previsão da Cruz
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rejeitados. Assim, a obra dos que pregam a Palavra de Deus é um cheiro de vida para vida ou de morte para morte. Sua missão acha-se repleta de resultados eternos.
O Salvador não confiou a obra do evangelho a Pedro, individualmente. Noutra ocasião, mais tarde, repetindo as palavras dirigidas a Pedro, aplicou-as diretamente à igreja. E o mesmo, em essência, foi dito também aos doze como representantes do corpo de crentes. Se Jesus houvesse delegado qualquer autoridade especial a um dos discípulos, de preferência aos outros, não os encontraríamos tantas vezes questionando acerca de quem seria o maior. Ter-se-iam submetido ao desejo do Mestre e honrado aquele que Ele escolhera.
Em vez de apontar um para cabeça, Cristo disse aos discípulos: "Não queirais ser chamados Rabi"; "nem vos chameis mestres, porque um só é o vosso Mestre, que é o Cristo." Mat. 23:8 e 10.
"Cristo é a cabeça de todo varão." I Cor. 11:3. Deus, que pôs todas as coisas sob os pés do Salvador, "sobre todas as coisas O constituiu como cabeça da igreja, que é o Seu corpo, a plenitude dAquele que cumpre tudo em todos". Efés. 1:22 e 23. A igreja é edificada tendo Cristo como seu fundamento; deve obedecer a Cristo como sua cabeça. Não tem de confiar em homem, ou ser por homem controlada. Muitos pretendem que uma posição de confiança na igreja lhes dá autoridade para ditar o que outros hão de crer e fazer. Essa pretensão não é sancionada por Deus. O Salvador declara: "Todos vós sois irmãos." Todos estão expostos à tentação e sujeitos ao erro. Em nenhum ser finito podemos confiar quanto à direção. A Rocha da fé é a presença viva de Cristo na igreja. Nela pode confiar o mais débil, e os que mais fortes se julgam se demonstrarão os mais fracos, a não ser que façam de Cristo Sua eficiência. "Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço." Jer. 17:5. O Senhor "é a Rocha, cuja obra é perfeita". Deut. 32:4. "Bem-aventurados todos aqueles que nEle confiam." Sal. 2:12.
Depois da confissão de Pedro, Jesus recomendou aos discípulos que a ninguém dissessem que Ele era o Cristo. Esta recomendação foi feita por causa da decidida oposição dos escribas e fariseus. Mas ainda, o povo, e até mesmo os discípulos, tinham tão falso conceito do Messias, que um anúncio público do Mesmo não lhes daria idéia exata de Seu caráter e de Sua obra. Mas dia a dia Ele Se lhes estava revelando como o Salvador, e assim desejava dar-lhes uma genuína concepção de Si mesmo como o Messias.