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O Desejado de Todas as Nações
LivrosAutor: Ellen White
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Levi Mateus
Capítulo: 027 028029
Pág. 278

deixassem de perceber o Consolador, então seria mais próprio jejuarem.

Os fariseus procuravam exaltar-se pela rigorosa observância de formas, ao passo que tinham o coração cheio de inveja e contenda. "Eis", diz a Escritura, "que jejuais para contendas e rixas e para ferirdes com punho iníquo; jejuando assim como hoje, não se fará ouvir a vossa voz no alto. Seria este o jejum que escolhi, que o homem um dia aflija a sua alma, incline a sua cabeça como o junco e estenda debaixo de si pano de saco e cinza? Chamarias tu a isto jejum e dia aceitável ao Senhor?" Isa. 58:4 e 5.

O verdadeiro jejum não é um serviço meramente formal. A Escritura descreve o jejum preferido por Deus: "que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo … que deixes livres os quebrantados [ou oprimidos] e despedaces todo o jugo …;" "abrires a tua alma ao faminto, e fartares a alma aflita". Isa. 58:6 e 10. Aí se expõe o próprio espírito e caráter da obra de Cristo. Toda a Sua vida foi um sacrifício pela salvação do mundo. Quer jejuando no deserto da tentação, quer comendo com os publicanos no banquete de Mateus, estava dando a vida pela redenção dos perdidos. Não em ociosas lamentações, em simples humilhação do corpo e multidão de sacrifícios, jaz o verdadeiro espírito de devoção, mas revela-se na entrega do próprio eu em voluntário serviço para Deus e o homem.

Continuando Sua resposta aos discípulos de João, Jesus disse uma parábola: "Ninguém tira um pedaço de um vestido novo para o coser em vestido velho, pois que romperá o novo e o remendo não condiz com o velho." Luc. 5:36. A mensagem do Batista não devia ser entremeada com a tradição e a superstição. Uma tentativa de misturar as pretensões dos fariseus com a devoção de João, só tornaria mais evidente a rotura em ambas.

Nem podiam os princípios do ensino de Cristo ser unidos com as formas do farisaísmo. Cristo não cobriria a rotura feita pelos ensinos de João. Tornaria mais distinta a separação ente o velho e o novo. Jesus ilustrou posteriormente este fato, dizendo: "Ninguém deita vinho novo em odres velhos; doutra sorte o vinho novo romperá os odres, e entornar-se-á o vinho, e os odres se estragarão." Luc. 5:37. Os odres de couro usados como vasos para guardar o vinho novo, ficavam depois de algum tempo secos e quebradiços, fazendo-se então imprestáveis para tornar a servir ao mesmo fim. Por meio dessa ilustração familiar, Jesus apresentou a condição dos guias judaicos. Sacerdotes, escribas e principais

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