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O Desejado de Todas as Nações
LivrosAutor: Ellen White
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De caminho para a Galiléia, passou Jesus por Samaria. Era meio-dia quando chegou ao belo vale de Siquém. À entrada desse vale, achava-se o poço de Jacó. Fatigado da jornada, sentou-Se ali para descansar enquanto os discípulos iam à cidade comprar alimento.

Judeus e samaritanos eram acérrimos inimigos, evitando tanto quanto possível todo trato uns com os outros. Negociar com os samaritanos, em caso de necessidade, era na verdade reputado lícito pelos rabis; qualquer contato social com eles, porém, era condenado. Um judeu não tomava emprestado nem recebia obséquios de um samaritano, nem mesmo um pedaço de pão ou um copo de água. Comprando comida, os discípulos estavam agindo em harmonia com o costume da nação. Além disso não iam, entretanto. Pedir um favor de um samaritano, ou buscar por qualquer maneira beneficiá-lo, não entrava nas cogitações nem mesmo dos discípulos de Cristo.

Ao sentar-Se à beira do poço, Jesus desfalecia de fome e de sede. Longa fora a jornada desde a manhã, e agora dardejavam sobre Ele os raios do Sol de meio-dia. A sede era-Lhe acrescida ao pensamento da fresca e refrigerante água ali tão perto, e todavia inacessível, para Ele; pois não tinha corda nem cântaro, e fundo era o poço. Cabia-Lhe a sorte da humanidade, e esperou que viesse alguém para tirá-la.

Aproximou-se uma mulher de Samaria e, como inconsciente da presença dEle, encheu de água o cântaro. Ao voltar-se para ir embora, Jesus lhe pediu de beber. Um favor como esse nenhum oriental recusaria. No Oriente, a água era chamada "o dom de Deus". Dar de beber a um sedento viajante era considerado tão sagrado dever, que os árabes do deserto se desviariam do caminho

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