- O Desejado de Todas as Nações III. O Ungido
Achamos o Messias
Capítulo: 013 014015
Pág. 142
conquistar almas para Ele, é exemplificar-Lhe o caráter na vida diária. Nossa influência sobre outros não depende tanto do que dizemos, mas do que somos. Os homens podem combater ou desafiar a nossa lógica, podem resistir a nossos apelos; mas a vida de amor desinteressado é um argumento que não pode ser contradito. A vida coerente, caracterizada pela mansidão de Cristo, é uma força no mundo.
O ensino de Cristo era o resultado de firme convicção e experiência, e os que dEle aprendem se tornam mestres de uma ordem divina. A Palavra de Deus falada por uma pessoa santificada por ela, tem poder comunicador de vida, que a torna atrativa aos que a escutam, convencendo-os de que é uma divina realidade. Quando alguém recebeu a verdade em amor, isso se tornará manifesto na persuasão de suas maneiras e nos tons de sua voz. Torna conhecido o que ele próprio ouviu, viu e manuseou da palavra da vida, a fim de outros poderem partilhar com ele mediante o conhecimento de Cristo. Seu testemunho, de lábios tocados com a brasa viva do altar, é verdade para o coração apto a receber, e opera a santificação do caráter.
E aquele que procura comunicar luz aos outros, será ele próprio abençoado. "Chuvas de bênçãos serão." "O que regar também será regado." Prov. 11:25. Deus poderia haver realizado Seu desígnio de salvar pecadores sem o nosso auxílio; mas a fim de desenvolvermos caráter semelhante ao de Cristo, é-nos preciso partilhar de Sua obra. A fim de participar da alegria dEle – a alegria de ver almas redimidas por Seu sacrifício – devemos tomar parte em Seus labores para redenção delas.
A primeira expressão de fé da parte de Natanael, soou como música aos ouvidos de Jesus. E Ele "respondeu, e disse-lhe: Porque te disse: Vi-te debaixo da figueira, crês? coisas maiores do que estas verás". O Salvador antecipava com alegria Sua obra de pregar boas novas aos mansos, restaurar os contritos de coração e proclamar liberdade aos cativos de Satanás. Ao pensamento das preciosas bênçãos que trouxera aos homens, Jesus acrescentou: "Na verdade, na verdade vos digo que daqui em diante vereis o céu aberto, e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem." João 1:50 e 51.
Com isso, Cristo virtualmente diz: nas margens do Jordão os céus se abriram, e o Espírito desceu como pomba sobre Mim. Aquela cena não era senão um testemunho de que Eu sou o Filho de Deus. Se crerdes em Mim como tal, vossa fé será vivificada. Vereis que os céus se acham abertos, e nunca se hão de