- O Desejado de Todas as Nações III. O Ungido
A Voz do Deserto
Capítulo: 009 010011
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as conservavam em seus corações dizendo: Quem será pois esse menino?" Luc. 1:64-66. Tudo isso tendia a chamar a atenção para a vinda do Messias, ao qual João devia preparar o caminho.
O Espírito Santo repousou sobre Zacarias, e ele profetizou, por estas belas palavras, a missão de seu filho:
"E tu, ó menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque hás de ir ante a face do Senhor, a preparar os Seus caminhos; para dar ao Seu povo conhecimento da salvação, na remissão dos seus pecados; pelas entranhas da misericórdia do nosso Deus, com que o Oriente do alto nos visitou; para alumiar aos que estão assentados em trevas e sombra de morte; a fim de dirigir os nossos pés pelo caminho da paz.
"E o menino crescia, e se robustecia em espírito. E esteve nos desertos até ao dia em que havia de mostrar-se a Israel". Luc. 1:80. Antes do nascimento de João, o anjo dissera: "Será grande diante do Senhor, e não beberá vinho, nem bebida forte, e será cheio do Espírito Santo". Luc. 1:15. Deus chamara o filho de Zacarias para uma grande obra, a maior já confiada a homens. A fim de cumprir essa obra, precisava de que o Senhor com ele cooperasse. E o Espírito de Deus seria com ele, caso desse ouvidos às instruções do anjo.
João devia ir como mensageiro de Jeová, para levar aos homens a luz de Deus. Devia imprimir-lhes nova direção aos pensamentos. Devia impressioná-los com a santidade dos reclamos divinos, e sua necessidade da perfeita justiça de Deus. Esse mensageiro tem que ser santo. Precisa ser um templo para a presença do Espírito de Deus. A fim de cumprir sua missão, deve ter sã constituição física, bem como resistência mental e espiritual. Era, portanto, necessário que regesse os apetites e paixões. Deveria ser por forma tal capaz de dominar suas faculdades, que pudesse estar entre os homens, tão inabalável ante as circunstâncias ambientes, como as rochas e montanhas do deserto.
Ao tempo de João Batista, a cobiça das riquezas e o amor do luxo e da ostentação se haviam alastrado. Os prazeres sensuais, banquetes e bebidas, estavam causando moléstias e degeneração física, amortecendo as percepções espirituais, e insensibilizando ao pecado. João devia assumir a posição de reformador. Por sua vida abstinente e simplicidade de vestuário, devia constituir uma