- Atos dos Apóstolos IV. O Ministério de Paulo
Última Carta de Paulo
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que erram; mas precisamos também ser cuidadosos para não perder de vista a excessiva malignidade do pecado. Há necessidade de mostrar-se paciência e amor semelhantes aos de Cristo pelo que erra, mas há também o perigo de se mostrar tão grande tolerância pelo seu erro que ele se considerará não merecedor de reprovação e a rejeitará como inoportuna e injusta.
Os ministros do evangelho às vezes causam grande dano permitindo que sua tolerância pelo que erra degenere em tolerância pelos pecados, e mesmo participação deles. Assim são levados a desculpar e passar por alto o que Deus condena; e depois de certo tempo tornam-se tão cegos que chegam a louvar aqueles a quem Deus manda reprovar. Aquele que tem suas percepções espirituais embotadas pela pecaminosa tolerância por aqueles a quem Deus condena, em breve estarão cometendo maior pecado pela severidade e rudeza no trato para com aqueles aos quais Deus aprova.
Por se orgulharem de humana sabedoria, por menosprezarem a influência do Espírito Santo e por desprazer às verdades da Palavra de Deus, muitos que professam ser cristãos e que se imaginam competentes para ensinar a outros, serão levados a voltar as costas aos requisitos de Deus. Paulo declarou a Timóteo: "Porque virá tempo em que não sofrerão a sã doutrina; mas tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas." II Tim 4:3 e 4.
O apóstolo não faz aqui referência a aberta irreligiosidade, mas a professos cristãos que fazem da inclinação guia, tornando-se assim escravos do eu. Tais pessoas estão dispostas a atentar apenas às doutrinas que lhes não