- Atos dos Apóstolos III. O Cristianismo vai aos Confins da Terra
Trabalhando Sob Dificuldades
Capítulo: 032 033034
Pág. 349
em dar aos tessalonicenses um exemplo de diligência, para que ninguém pudesse com razão acusá-lo de cobiça, e também para que os que mantinham pontos de vistas fanáticos referentes ao trabalho manual recebessem uma reprovação prática.
Quando Paulo visitou Corinto pela primeira vez, encontrou-se entre um povo que punha em suspeição as intenções dos estrangeiros. Os gregos do litoral eram negociantes perspicazes, e por tão longo tempo se haviam dedicado à prática de negócios sinuosos, que chegaram a crer que o ganho era piedade, e que fazer dinheiro, quer por meios lícitos ou ilícitos, era louvável. Paulo estava familiarizado com suas características, e não lhes desejava dar ocasião de dizer que ele pregava o evangelho para enriquecer. Ele podia com justiça reclamar manutenção da parte de seus ouvintes coríntios; mas deste direito se dispunha a abrir mão, com receio de que sua utilidade e sucesso como pastor fossem prejudicados pela suspeita injusta de estar ele pregando o evangelho por ganho. Ele procurava remover toda a oportunidade de mistificação, para que não se perdesse a força da sua mensagem.
Logo após sua chegada a Corinto, Paulo encontrou "um certo judeu por nome Áquila, natural do Ponto, que havia pouco tinha vindo da Itália, e Priscila, sua mulher". Esses eram "do mesmo ofício" que ele. Banidos pelo decreto de Cláudio, que ordenara que todos os judeus deixassem Roma, Áquila e Priscila tinham vindo para Corinto, onde estabeleceram um negócio como fabricantes de tendas. Paulo fez uma pesquisa com respeito a eles, e ciente de que temiam a Deus e estavam procurando evitar as contaminadoras influências de que estavam