- Atos dos Apóstolos II. O Cristianismo na Palestina e Síria
De Perseguidor a Discípulo
Capítulo: 011 012013
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dúvida quanto à justiça da causa que ele havia esposado contra os seguidores de Jesus. Sua mente estava profundamente agitada. Em sua perplexidade consultou aqueles em cuja sabedoria e juízo tinha plena confiança. Os argumentos dos sacerdotes e príncipes convenceram-no afinal de que Estêvão fora um blasfemo, que o Cristo que o discípulo martirizado pregara fora um impostor e que tinham forçosamente de ter razão esses que ministravam no santo serviço.
Não foi sem um rigoroso exame que Saulo chegou a essa conclusão. Mas, afinal, sua educação e preconceitos, seu respeito para com os mestres antigos, e seu orgulho e popularidade deram-lhe força para rebelar-se contra a voz da consciência e a graça de Deus. E, resolvido plenamente a dar razão aos sacerdotes e escribas, Saulo fez acérrima oposição às doutrinas ensinadas pelos discípulos de Jesus. Sua atividade, fazendo com que homens santos e santas mulheres fossem arrastados perante os tribunais, onde alguns eram condenados à prisão, e outros à morte mesmo, unicamente por causa de sua fé em Jesus, trouxe tristezas e pesares à igreja recentemente organizada, e fez muitos buscarem segurança na fuga.
Os que foram expulsos de Jerusalém por esta perseguição "iam por toda a parte, anunciando a Palavra". Atos 8:4. Entre as cidades para as quais foram, achava-se Damasco, onde a nova fé ganhou muitos conversos.
Os sacerdotes e príncipes tinham esperado que por um esforço vigilante e severa perseguição a heresia pudesse ser suprimida. Compreendiam agora que deveriam prosseguir em outros lugares com as medidas decisivas tomadas em Jerusalém contra o novo ensino. Para o