Em 1872, enquanto conduzia pesquisas no subsolo do Museu Britânico, George Smith traduziu uma antiga tabuleta babilônica que continha referências a Utnapishtim, o sobrevivente do Dilúvio mundial, e a Gilgamesh, que procurava obter dele o segredo da vida eterna. Jornais em todo o mundo relataram a surpreendente descoberta do Épico de Gilgamesh e da primeira referência ao Dilúvio fora das Escrituras. Desde então, estudiosos têm documentado em todo o mundo histórias do Dilúvio de diferentes culturas. Também foram encontrados relatos da criação. Visto que essas descobertas arqueológicas dos últimos 150 anos revelaram essas evidências, surgiram questões sobre a origem e a natureza dos relatos bíblicos da criação e do Dilúvio. O relato de Gênesis 1 a 11 foi simplesmente tomado emprestado do antigo Oriente Próximo? Ele contém elementos míticos comuns aos outros relatos? Se o relato de Gênesis depende dos relatos anteriores da Mesopotâmia ou do Egito, quais são as implicações históricas e teológicas? Como explicar as semelhanças e diferenças encontradas nos diferentes relatos? Como essas narrativas abordam a questão da cosmologia, ou da origem e estrutura do Universo? A Bíblia também deve ser considerada um texto mitológico como os do Egito e da Mesopotâmia? Essas e outras perguntas serão o tema do estudo desta semana, ao examinarmos a Bíblia em comparação com o contexto do Oriente Próximo e do Egito. TEXTOS CHAVE: Jó 26:7 10; Gn 1; 2; 5; 11; 1Cr 1:18 27; Mt 19:4, 5; Jo 1:1 3