“… e o Senhor dava vitórias a Davi, por onde quer que ia” (v.13). Davi subiu ao trono de Israel não apenas como um rei, mas como um valente guerreiro e justo juiz. Com a mesma coragem com que desafiou a fúria de Golias, Davi enfrentava cada batalha certo de que o Senhor dos Exércitos ia à sua frente. Em cada conquista, tudo era dedicado a Deus, e boa parte separada para a construção do futuro templo. Certamente, o reinado de Davi tornou se conhecido entre os povos e, como homem de guerra era temido pelas nações da Terra. Apesar de sua fama nas batalhas, era um homem que também as evitava, sempre que possível. Quando proposta, a paz era feita em forma de alianças políticas através do pagamento de tributos e de mão de obra escrava. Em sua função como juiz, “julgava e fazia justiça a todo o seu povo” (v.14). Na lista de seus oficiais estão inclusos alguns de seus valentes, sendo que seus filhos “eram os primeiros” ao seu lado (v.17). Se os registros de Davi fossem limitados ao que temos visto até agora neste livro, sua biografia poderia ser considerada a de um perfeito governante. Mas, por algum motivo, o Senhor escolheu revelar as quedas de Davi e deixá las registradas nas Escrituras. Davi foi vitorioso nos conflitos externos, mas teve de enfrentar terríveis derrotas em conflitos internos. Às escondidas com Bate Seba, ou na ousadia de levantar um censo sem a permissão de Deus, o bravo monarca teve de encarar de frente as consequências de seus pecados, e o seu pior inimigo: ele mesmo. “Pois eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim” (Sl.51:3). É fácil ficar em pé diante da vitória, difícil é permanecer da mesma forma em face da derrota. Davi foi considerado um homem segundo o coração de Deus não por causa de suas conquistas, mas porque permitiu que suas quedas se tornassem em degraus para estar mais perto do Senhor. Ele não encontrava desculpas para o pecado, mas o confessava em profundo arrependimento: “Pequei contra Ti, contra Ti somente, e fiz o que é mau perante os Teus olhos” (Sl.51:4). Às vezes o que nos falta é justamente essa confissão e entrega. Nas vitórias, reconhecer que foi a mão do Senhor. Nas derrotas, clamar por Seu perdão e auxílio. O “Senhor dava vitórias a Davi, por onde quer que ia” (v.6) não porque houvesse em Davi mérito algum, e sim porque Davi confiava em Deus e em Seu amor, como está escrito: “Porque a Mim se apegou com amor, Eu o livrarei; pô lo ei a salvo, porque conhece o Meu nome” (Sl.91:14). Apegue se ao Senhor! Prossiga em conhecê Lo! Confesse Lhe os seus pecados! E as mesmas bênçãos e promessas lhe acompanharão por onde quer que você vá. Vigiemos e oremos! Bom dia, apegados ao amor de Deus! Rosana Garcia Barros