#rpsp #PrimeiroDeus “O solitário busca o seu próprio interesse… mas há amigo mais chegado do que um irmão” (v.1 e 24). O capítulo de hoje inicia com a solidão egoísta e termina com o firme fundamento de uma verdadeira amizade. A irmandade tão aclamada na Bíblia é uma relação que envolve os aspectos físico, mental e espiritual. Físico, pelo prazer da companhia. É maravilhoso estar perto de quem gostamos, principalmente se somos correspondidos. Mental, porque envolve sentimentos e emoções. Com nossos amigos compartilhamos momentos alegres e tristes, e dividimos confissões e vitórias. E, por fim, espiritual, porque a nossa comunhão com Deus ou a negligência dela, terá uma grande influência no crescimento ou no declínio de nossas amizades. Diante desta introdução, pergunto: Quantos amigos você tem? Ou seria melhor perguntar: Quantos amigos de verdade você tem? O que a Bíblia nos diz hoje é que é melhor ter um amigo verdadeiro do que um milhão de seguidores no Instagram. Uma amizade genuína não pode ser comparada a um milhar de colegas. Mas, e se não temos em quem confiar? E se as pessoas que mais amamos nos decepcionam? “Torre forte é o nome do Senhor, à qual o justo se acolhe e está seguro” (v.10). Amigos são atraídos uns pelos outros por afinidades, certo? Eu diria que, nem sempre. Muitos têm ido por este caminho e se decepcionado quando percebem que os gostos podem ser parecidos, mas não são eles que unem pessoas. Eu tenho uma amiga que considero como uma irmã. A nossa amizade vem desde a infância e, sinceramente, se fôssemos depender de gostos parecidos para sermos amigas, na infância mesmo nossa amizade teria acabado. Sempre fomos muito diferentes e nossos projetos de vida até nos separaram por algum tempo, mas a amizade nunca esmoreceu. Nem a distância nos separa uma da outra. Sabem porquê? Porque fomos unidas não por gostos e preferências iguais, mas porque decidimos nos acolher na mesma Torre forte (v.10). Sobre isto, escreveu Ellen White: “Se vocês desejam ter visão ampla, pensamentos e aspirações nobres, escolham amigos que fortaleçam os princípios corretos” (Só para jovens, p.110). Não há exemplo mais precioso do que o do nosso Salvador. Ele andava com todos e procurava ajudar a todos, mas escolheu para o Seu convívio particular doze homens bem diferentes uns dos outros. E, dentre os doze, havia três que Lhe foram uma especial companhia e refrigério nos momentos mais difíceis e marcantes de Seu ministério terrestre. “Os lábios do insensato” (v. 6) e “as palavras do maldizente” (v. 8) devem ser evitados. E “se eles afirmam ser cristãos”, diz Ellen White, “devem ser mais temidos ainda” (Só para jovens, p.110). Dê mais valor a um amigo que lhe diz uma verdade do que vários que lhe enchem de elogios. Não pense que você é forte o suficiente para sentar “na roda dos escarnecedores” (Sl.1:1) e sair dali ileso. Não seja “negligente na sua obra” (v. 9) de procurar o saber (v.15). Não permita que a transformação do seu caráter seja maculada por companhias que não lhe edificam. Você não deve fazer acepção de pessoas para ajudar ou amar, mas precisa ser sábio no quesito confiança e relacionamento íntimo. Se ainda não tem forças o suficiente para agir diferente do insensato, não junte se a ele ou acabará tendo o mesmo destino. Que o Senhor seja a sua Torre forte, pois somente de lá surgem amizades que edificam! Vigiemos e oremos! Feliz semana, amigos de Deus! Rosana Garcia Barros