#rpsp? #primeiroDeus? #reavivadospsp? “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (v.1). Esse verso que nós lemos foi o primeiro que eu li na Bíblia. E aos dez anos de idade, eu senti o meu coração arder; senti um desejo imenso de entender o que eu tinha lido e aprender mais sobre a Bíblia. Até que, aos doze anos de idade eu fui a uma Igreja Adventista do Sétimo Dia pela primeira vez, e ali, numa classe de juvenis, eu tive a certeza de que estava na casa do meu Pai. Quando a professora abriu a lição da escola sabatina e começou a explicar tudo conforme estava escrito na Palavra de Deus, era como se o Senhor me dissesse: “Você Me pertence e aqui é o seu lugar”. Eu me senti acolhida e muito amada, e cada sábado era aguardado com muita expectativa. Estudar a Bíblia tornou se um prazer. Mas dos quatro evangelhos, o evangelho segundo João é o meu preferido. É o que mais toca o meu coração. De “filho do trovão” a discípulo do amor, a trajetória espiritual de João foi desde reclinar se ao peito de Cristo até a contemplação de Sua glória nas visões do Apocalipse. João obteve um conhecimento diferenciado de Jesus, de Sua natureza eterna. Ele iniciou o seu evangelho com a criação e encerrou o Apocalipse com a recriação. É em seu evangelho que está contido o princípio ativo do Verbo: “Eu sou o pão da vida” (Jo.6:48); “Eu sou a luz do mundo” (Jo.8:12); “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida” (Jo.14:6); “Eu sou a ressurreição e a vida” (Jo.11:25); “Eu sou o bom Pastor” (Jo.10:14); “Eu sou a porta” (Jo.10:9); “antes que Abraão existisse, EU SOU” (Jo.8:58); “Eu sou a videira verdadeira” (Jo.15:1). No livro de João também encontramos, na maioria dos relatos, histórias que não encontramos nos demais evangelhos. Como, por exemplo, as bodas de Caná, o encontro entre Jesus e Nicodemos, entre Jesus e a mulher samaritana, o relato da mulher adúltera, Jesus como o bom Pastor, a ressurreição de Lázaro, a oração sacerdotal de Jesus, dentre outros. Certamente, a experiência de fazer parte do círculo mais íntimo de Cristo deu a João a oportunidade de ver e ouvir coisas que marcaram profundamente a sua jornada cristã. Apesar de Pedro ter confessado verbalmente acreditar ser Cristo o Filho do Deus vivo, João teve uma compreensão ainda maior dAquele que “estava no princípio com Deus” (v.2). Em Gênesis 1:1, está escrito: “No princípio criou Deus os céus e a terra”. No texto massorético, a expressão “No princípio” também pode ser lida como “Em um princípio”. Quando vamos ao livro de Apocalipse, encontramos a seguinte expressão se referindo a Jesus: “o Princípio da criação de Deus” (Ap.3:14). O apóstolo Paulo também escreveu, falando sobre Jesus: “pois, nEle, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis […] Tudo foi criado por meio dEle e para Ele” (Cl.1:16). Portanto, o texto de Gênesis poderia ser traduzido da seguinte forma: “Em Jesus criou Deus os céus e a terra”. Você entende porque o meu coração ardeu ao ler o texto de João? Porque eu estava iniciando a minha caminhada com o meu Criador. O primeiro dia da criação revelou “a verdadeira luz” (v.9), pelo poder do Verbo ao ordenar: “Haja luz” (Gn.1:3). Pois a “luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela” (v.5). A João Batista foi confiada a missão de testificar “a respeito da luz” (v.7). “Ele não era a luz, mas veio para que testificasse da luz, a saber, a verdadeira luz, que, vinda ao mundo, ilumina a todo homem” (v.8 9). A luz salvífica que emana de Cristo está disponível para todos. Mas como “os Seus não O receberam” (v.11), muitos também têm rejeitado a Sua oferta de amor. Para João Batista, Jesus era “o Deus unigênito” (v.18), a revelação do Pai. Mas ele também entendeu o caráter de sacrifício da primeira vinda de Cristo, ao dizer: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (v.29). Como a descida do Espírito Santo sobre Jesus em Seu batismo testificou que “Ele é o Filho de Deus” (v.34), é a atuação do Espírito Santo em nossa vida que nos torna filhos e filhas de Deus. Jesus deseja nos batizar “com o Espírito Santo” (v.33) a cada dia, modelando o nosso caráter até que estejamos prontos para receber de volta o fôlego da vida eterna. Logo veremos “o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem” (v.51). Enquanto aguardamos, que a nossa vida cumpra o propósito para o qual fomos criados. Semelhante a André, levemos nossa família e outras pessoas “a Jesus” (v.42). E que, naquele grande Dia, possamos ouvir Jesus nos dizer: “Eis um(a) verdadeiro(a) [cristão(ã)], em quem não há dolo!” (v.47). Vigiemos e oremos! Bom dia, filhos e filhas do Criador! Rosana Garcia Barros