#rpsp #primeiroDeus “Por alimento me deram fel e na minha sede me deram a beber vinagre” (v.21). Este Salmo, intitulado de “O lamento do Messias”, possui algumas referências acerca do sofrimento de Cristo, principalmente no que diz respeito aos Seus últimos momentos de vida na Terra. Rejeitado pelos Seus (Jo.1:11) e até pela própria família (Jo.7:5), Jesus viveu o ministério da reconciliação oferecendo Se a Si mesmo na vida e na morte. Movido por terna compaixão e amor abnegado, Suas obras testificavam da riqueza de Sua graça para com a humanidade caída. E, no silêncio da madrugada, o Homem de dores ascendia aos Céus as orações mais altruístas que este mundo jamais testemunhou. Olhando para as cenas finais do Calvário, percebemos o claro contraste entre criatura e Criador. Nos momentos finais de Sua paixão, Aquele que curou multidões só pôde contar de perto com a companhia de João e de Sua mãe. Onde estavam os Seus seguidores? Onde estavam as multidões que O aclamaram como um rei em Sua entrada triunfal em Jerusalém? Sua morte ignominiosa foi vista como uma derrota, devido à cegueira espiritual predominante. Não puderam reconhecer o cumprimento das profecias messiânicas e perderam o privilégio único de, apontando para a cruz, como o Batista, declarar a vitoriosa afirmação: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (Jo.1:29). A morte que nos trouxe a vida foi suficiente e eficaz. Até mesmo em Sua morte e sepultamento, Jesus respeitou o mandamento que estabeleceu desde o Éden como memorial da criação (Gn.2:1 3). Nas horas do sábado, o nosso Salvador descansou e selou este dia como memorial da redenção. Sua agonia encontrou o repouso no cumprimento de Sua imutável Lei. Assim também somos chamados, hoje, a descansar no repouso de Cristo. E, assim como Ele ressuscitou ao terceiro dia, aguardar o cumprimento da fiel promessa de Sua segunda vinda. O Senhor não nos deixou na ignorância, amados. Temos em mãos a Sua santa Palavra. “Vejam isso os aflitos e se alegrem”, e, “quanto a vós outros que buscais a Deus, que o vosso coração reviva” (v.32). Diante da turbulência que estamos vivendo, não precisamos andar desanimados, mas louvando “com cânticos o nome de Deus” (v.30), pois Jesus mesmo nos deixou escrito: “Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei a vossa cabeça; porque a vossa redenção se aproxima” (Lc.21:28). Não precisamos cair no mesmo erro daqueles que não souberam reconhecer as profecias messiânicas, mas que, com o coração reavivado pela bendita esperança, olhemos “firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, O qual, em troca da alegria que Lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus” (Hb.12:2). Vigiemos e oremos! Feliz sábado, salvos em Jesus! Rosana Garcia Barros