- Testemunhos Seletos 3
A obra atual
Capítulo: 061 062063
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fim, sim, se apressa muito! Dentro em pouco não poderemos trabalhar tão livremente quanto agora. Cenas terríveis estão perante nós e o que temos por fazer devemos fazê-lo com pressa.
Motivo para servir
Faz pouco, no transcurso de uma noite, fui despertada do sono e vi os padecimentos que Cristo teve que suportar em favor dos homens. Seu sacrifício, as zombarias e os insultos sofridos às mãos de homens maus, Sua agonia no Jardim do Getsêmani, a traição e a crucifixão: tudo me foi revelado nitidamente.
Vi Cristo em meio de um grande grupo de pessoas. Buscava Ele gravar-lhes na mente os Seus ensinos. Era, porém, menosprezado e repelido. Os homens O sobrecarregavam de injúrias e ignomínia. Este espetáculo me produziu grande angústia. Instei com Deus: "Que acontecerá a essas pessoas? Será que ninguém, dentre elas, renunciará ao conceito elevado que faz de si próprio, para, como criança buscar o Senhor? Ninguém quebrantará perante Deus o coração por meio de arrependimento e confissão?
Foi-me mostrada a agonia de Cristo no horto do Getsêmani, quando o cálice misterioso tremeu nas mãos do Redentor. "Meu Pai", orou Ele, "se é possível, passe de Mim este cálice; todavia, não seja como Eu quero, mas como Tu queres." Mateus 26:39. Ao interceder Ele com o Pai, grandes gotas de sangue Lhe caíam do rosto ao chão. Os elementos das trevas congregavam-se em torno do Salvador para desanimar-Lhe a alma.
Erguendo-Se do chão, Cristo foi ao lugar onde deixara os discípulos e pedira que com Ele vigiassem e orassem para que não caíssem em tentação. Queria certificar-Se de que compreendiam a Sua agonia; experimentava a necessidade de simpatia humana. Achou-os, porém, dormindo. Três vezes os buscou, encontrando-os dormindo.
Três vezes o Salvador orou: "Meu Pai, se é possível, passe de Mim este cálice." Mateus 26:39. Foi então que o destino de um mundo perdido oscilou na balança. Se Cristo houvesse recusado beber o cálice, o resultado teria sido a ruína eterna da espécie humana. Um anjo do Céu, porém, fortaleceu o Filho de Deus para que aceitasse o cálice e bebesse a sua amarga sentença.
Como são poucos os que reconhecem que tudo isso foi suportado por eles pessoalmente! Como são poucos os que dizem: "Isso foi feito por mim, a fim de que eu venha a formar caráter digno da vida futura imortal!"
Ao serem-me, de maneira tão vívida, apresentadas essas coisas, pensei: "Nunca poderei apresentar ao público esse assunto tal como é"; e o que digo aqui é uma parte mínima do que me foi mostrado. Ao pensar eu naquele cálice que tremeu nas mãos de