- Profetas e Reis V. Na Terra dos Pagãos
Na Corte de Babilônia
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entendimento em toda a visão e sonhos". Dan. 1:17. Cumpriu-se a promessa: "Aos que Me honram honrarei." I Sam. 2:30. Apegando-se Daniel a Deus com inamovível fé, o espírito de poder profético veio sobre ele. Enquanto recebia instruções do homem nos deveres diários da corte, estava sendo ensinado por Deus a ler os mistérios do futuro, e a registrar para as gerações vindouras, mediante figuras e símbolos, eventos que cobrem a história deste mundo até o fim do tempo.
Quando chegou o tempo em que os jovens educandos deviam ser examinados, os hebreus o foram juntamente com outros candidatos, para o serviço do reino. Mas "entre todos eles não foram achados outros tais como Daniel, Hananias, Misael e Azarias". Sua aguda compreensão, seu conhecimento amplo, sua linguagem escolhida e adequada, davam testemunho da inalterada força e vigor de suas faculdades mentais. "Em toda a matéria de sabedoria e de inteligência, sobre que o rei lhes fez perguntas, os achou dez vezes mais doutos do que todos os magos ou astrólogos que havia em todo o seu reino; por isso permaneceram diante do rei". Dan. 1:19.
Na corte de Babilônia estavam reunidos representantes de todas as terras, homens do mais alto talento e mais ricamente dotados com dons naturais, e possuidores da cultura mais vasta que o mundo poderia oferecer; não obstante entre todos eles os jovens hebreus não tiveram competidor. Em força e beleza física, em vigor mental e dotes literários, não tinham rival. A forma ereta, o passo firme e elástico, a fisionomia agradável, os sentidos lúcidos, o hábito puro – eram todos certificados mais que suficientes de bons hábitos, insígnia da nobreza com que a Natureza honra aos que são obedientes a suas leis.