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Patriarcas e Profetas
LivrosAutor: Ellen White
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escolhido para lhe destruir o ânimo e confundir o juízo, ou para o impelir ao desespero e destruição de si mesmo.

Saul estava debilitado pelo cansaço e jejum; estava aterrorizado e com a consciência ferida. Caindo a terrível predição aos seus ouvidos, o corpo cambaleou como um carvalho diante da tempestade, e caiu prostrado por terra.

A bruxa encheu-se de espanto. O rei de Israel jazia perante ela como morto. Caso ele perecesse em seu retiro, quais seriam as conseqüências para ela? Suplicou-lhe que se levantasse e tomasse alimento, insistindo que, visto haver corrido perigo de vida para lhe satisfazer o desejo, deveria ele ceder ao seu pedido, para a preservação de sua própria vida. Rogando-lhe o mesmo os seus servos, Saul cedeu finalmente e a mulher pôs diante dele a bezerra cevada, e bolos asmos preparados à pressa. Que cena! Na rústica caverna da feiticeira, em que poucos momentos antes haviam ecoado palavras de condenação, na presença do mensageiro de Satanás, aquele que fora ungido por ordem de Deus como rei sobre Israel sentava-se para comer, preparando-se para a luta mortífera do dia.

Antes do romper do dia voltou com seus auxiliares ao acampamento de Israel, para dispor-se ao conflito. Consultando aquele espírito das trevas, Saul destruíra a si mesmo. Opresso pelo terror do desespero, ser-lhe-ia impossível inspirar coragem ao seu exército. Separado da Fonte de força, não poderia guiar as mentes de Israel a olharem a Deus como seu auxiliador. Assim a predição de males operaria o seu próprio cumprimento.

Na planície de Suném e nas encostas do Monte Gilboa, os exércitos de Israel e as hostes dos filisteus empenharam-se em combate mortal. Embora a cena terrível na caverna de En-Dor lhe tivesse repelido do coração toda a esperança, Saul combateu com arrojada bravura em favor de seu trono e de seu reino. Mas foi em vão. "Os homens de Israel fugiram de diante dos filisteus, e caíram atravessados na montanha de Gilboa." Três bravos filhos do rei morreram ao seu lado. Os frecheiros apertaram Saul. Tinha visto seus soldados caírem em redor de si, e seus filhos príncipes cortados pela espada. Ele próprio, estando ferido, não podia nem combater nem fugir. Escapar era impossível; e, resolvido a não ser tomado vivo pelos filisteus, ordenou a seu pajem de armas: "Arranca a tua espada, e atravessa-me com ela." I Sam. 31:1 e 4. Recusando-se o homem a erguer a mão contra o ungido do Senhor, Saul tirou sua própria vida, lançando-se sobre a espada.

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