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Patriarcas e Profetas
LivrosAutor: Ellen White
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Pág. 680

As primeiras palavras da mulher sob o poder de seu encantamento foram dirigidas ao rei: "Por que me tens enganado? pois tu mesmo és Saul." Assim, o primeiro ato do espírito mau que personificou o profeta, foi comunicar-se secretamente com aquela ímpia mulher, para avisá-la do engano que fora praticado para com ela. A mensagem a Saul do pretenso profeta foi: "Por que me desinquietaste, fazendo-me subir? Então disse Saul: Mui angustiado estou, porque os filisteus guerreiam contra mim, e Deus Se tem desviado de mim, e não me responde mais, nem pelo ministério dos profetas, nem por sonhos; por isso te chamei a ti, para que me faças saber o que hei de fazer." I Sam. 28:12 e 15.

Quando Samuel vivia, Saul desprezara seu conselho, e ressentira-se de suas reprovações. Agora, porém, na hora de sua angústia e calamidade, sentia que a guia do profeta era sua única esperança; e, a fim de comunicar-se com o embaixador do Céu, recorreu em vão ao mensageiro do inferno! Saul se colocara inteiramente no poder de Satanás; e agora aquele cujo único deleite consiste em ocasionar miséria e destruição, prevaleceu-se da oportunidade para efetuar a ruína do infeliz rei. Em resposta ao agoniado rogo de Saul veio a terrível mensagem, que, pretendia-se, provinha dos lábios de Samuel:

"Por que, pois, a mim me perguntas, visto que o Senhor te tem desamparado, e se tem feito teu inimigo? Porque o Senhor tem feito para contigo como pela minha boca te disse, e tem rasgado o reino da tua mão, e o tem dado ao teu companheiro Davi. Como tu não deste ouvidos à voz do Senhor, e não executaste o fervor da Sua ira contra Amaleque, por isso o Senhor te fez hoje isto. E o Senhor entregará também a Israel contigo na mão dos filisteus." I Sam. 28:16-19.

Em toda a sua conduta de rebelião, Saul fora lisonjeado e iludido por Satanás. É a obra do tentador fazer do pecado coisa insignificante, tornar o caminho da transgressão fácil e convidativo, cegar a mente às advertências e ameaças do Senhor. Satanás, pelo seu poder sedutor, levara Saul a justificar-se em desafio às reprovações e advertências de Samuel. Mas agora, em sua situação extrema, voltou-se a ele, apresentando a enormidade de seu pecado e a desesperança de perdão, para que o aguilhoasse até o ponto de chegar ao desespero. Nada poderia ter sido melhor

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