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Patriarcas e Profetas
LivrosAutor: Ellen White
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força, enquanto as más tendências teriam perdido o seu poder. Tal é a obra que o Senhor Se propõe fazer por todos os que se consagram a Ele. Há muitos a quem chamou para desempenhar cargos em Sua obra, porque possuem um espírito humilde e dócil. Em Sua providência Ele os coloca onde podem aprender dEle. Revelar-lhes-á seus defeitos de caráter, e a todos os que Lhe buscam o auxílio Ele dará força para corrigir seus erros.

Mas Saul atreveu-se em sua exaltação, e desonrou a Deus pela incredulidade e desobediência. Embora quando a princípio chamado ao trono fosse humilde e não tivesse confiança em si mesmo, o êxito tornou-o confiante em si próprio. Mesmo a primeira vitória de seu reino suscitara aquele orgulho de coração que foi o seu maior perigo. O valor e a habilidade militar ostentados no livramento de Jabes-Gileade, despertaram o entusiasmo da nação inteira. O povo honrou a seu rei, esquecendo-se de que ele não era senão o agente pelo qual Deus operara; e, posto que a princípio Saul atribuísse a glória a Deus, tomou mais tarde a honra para si. Perdeu de vista sua dependência de Deus, e em seu coração afastou-se do Senhor. Assim se preparou o caminho para o seu pecado de arrogância e sacrifício em Gilgal. A mesma cega confiança levou-o a rejeitar a reprovação de Samuel. Saul reconhecia que Samuel era um profeta enviado de Deus; portanto deveria ter aceitado a reprovação, ainda que não pudesse ver que havia pecado. Se ele estivesse disposto a ver e confessar o seu erro, esta amarga experiência se teria demonstrado uma salvaguarda para o futuro.

Se o Senhor tivesse então Se separado inteiramente de Saul, não lhe teria de novo falado pelo Seu profeta, confiando-lhe uma obra definida para a realizar, a fim de que pudesse corrigir os erros do passado. Quando alguém que professa ser filho de Deus, se torna descuidado ao fazer a Sua vontade, influenciando deste modo a outros a serem irreverentes, e a se esquecerem das ordens expressas do Senhor, é possível ainda que seus fracassos se tornem em vitórias se tão-somente aceitar a reprovação com verdadeira contrição de alma, e voltar-se a Deus com humildade e fé. A humilhação da derrota demonstra-se muitas vezes uma bênção, mostrando-nos a nossa incapacidade para fazer a vontade de Deus sem o Seu auxílio.

Quando Saul se desviou da reprovação a ele enviada pelo Espírito Santo de Deus, e persistiu em sua contumaz justificação própria, rejeitou o único meio pelo qual Deus poderia agir a fim

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