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Patriarcas e Profetas
LivrosAutor: Ellen White
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obediência. Disse Cristo aos judeus incrédulos: "Se fôsseis filhos de Abraão, faríeis as obras de Abraão." João 8:39. E, com relação ao pai dos fiéis, declara o Senhor: "Abraão obedeceu à Minha voz, e guardou o Meu mandado, os Meus preceitos, os Meus estatutos, e as Minhas leis". Gên. 26:5. Diz o apóstolo Tiago: "A fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma." Tia. 2:17. E João, que tão amplamente se ocupa com o amor, diz-nos: "Este é o amor de Deus: que guardemos os Seus mandamentos." I João 5:3.

Por símbolos e por promessas, Deus "anunciou primeiro o evangelho a Abraão". Gálatas 3:8. E a fé do patriarca fixou-se no Redentor vindouro. Disse Cristo aos judeus: "Abraão, vosso pai, exultou por ver o Meu dia, e viu-o, e alegrou-se". João 8:56. O carneiro oferecido em lugar de Isaque representava o Filho de Deus, que seria sacrificado em nosso lugar. Quando o homem foi condenado à morte pela transgressão da lei de Deus, o Pai, olhando para o Filho, disse ao pecador: "Vive, Eu achei um resgate".

Foi para impressionar o espírito de Abraão com a realidade do evangelho, bem como para lhe provar a fé, que Deus o mandou matar seu filho. A angústia que ele sofreu durante os dias tenebrosos daquela terrível prova, foi permitida para que compreendesse por sua própria experiência algo da grandeza do sacrifício feito pelo infinito Deus para a redenção do homem. Nenhuma outra prova poderia ter causado a Abraão tal tortura de alma, como fez a oferta de seu filho. Deus deu Seu Filho a uma morte de angústia e ignomínia. Aos anjos que testemunharam a humilhação e angústia de alma do Filho de Deus, não foi permitido intervirem, como no caso de Isaque. Não houve nenhuma voz a clamar: "Basta". A fim de salvar a raça decaída, o Rei da glória rendeu a vida. Que prova mais forte se pode dar da infinita compaixão e amor de Deus? "Aquele que nem mesmo a Seu próprio Filho poupou, antes O entregou por todos nós, como nos não dará também com Ele todas as coisas?" Rom. 8:32.

O sacrifício exigido de Abraão não foi somente para seu próprio bem, nem apenas para o benefício das gerações que se seguiram; mas também foi para instrução dos seres destituídos de pecado, no Céu e em outros mundos. O campo do conflito entre Cristo e Satanás – campo este em que o plano da salvação se encontra formulado – é o compêndio do Universo. Porquanto

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