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Patriarcas e Profetas
LivrosAutor: Ellen White
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O Dilúvio
Capítulo: 006 007008
Pág. 100

crueldade. Muitos dentre o povo, semelhantes a Satanás, blasfemavam de Deus, e, pudessem eles, tirá-Lo-iam do trono do poder. Outros tomavam-se de frenesi, pelo terror, estendendo as mãos para a arca, e rogando sua admissão ali. Seus rogos, porém, foram em vão. Despertou-se-lhes finalmente a consciência para saberem que há um Deus que governa nos Céus. Chamaram por Ele com ardor, mas os Seus ouvidos não estavam abertos ao seu clamor. Naquela terrível hora viram que a transgressão da lei de Deus determinara a sua ruína. Todavia, ao mesmo tempo em que pelo medo do castigo reconheciam o seu pecado, não sentiam verdadeira contrição, nem horror ao mal. Teriam voltado ao seu desafio ao Céu, caso houvesse sido removido o juízo. Semelhantemente, quando os juízos de Deus caírem sobre a Terra, antes de seu dilúvio de fogo, os impenitentes saberão precisamente onde pecaram, e em que consiste seu pecado: o desprezo à Sua santa lei. Contudo, não terão o verdadeiro arrependimento mais do que tiveram os pecadores do mundo antigo.

Alguns, em seu desespero, esforçavam-se por penetrar na arca; porém, a firme estrutura resistiu aos seus esforços. Alguns apegaram-se à arca até que foram arrebatados pelas águas revoltas, ou foi seu apego interrompido pela colisão com as rochas e árvores. A pesada arca estremecia em cada fibra, ao ser batida pelos ventos impetuosos, e arremessada de uma vaga para outra. Os gritos dos animais, dentro, exprimiam o seu medo e dor. Mas, por entre os elementos em luta, continuou a flutuar com segurança. Anjos "magníficos em poder" foram comissionados para a guardar.

Os animais, expostos à tempestade, lançavam-se sobre o homem, como que a esperar dele auxílio. Alguns dentre o povo amarraram seus filhos e a si mesmos em cima de animais poderosos, sabendo que estes tinham grande apego à vida, e subiriam aos pontos mais altos para escaparem das águas que se elevavam. Alguns ataram-se a árvores altas, no cimo das colinas ou montanhas; mas as árvores foram desarraigadas, e com seu fardo de seres vivos arrojadas às vagas fervilhantes. Um lugar após outro que prometia segurança foi abandonado. Levantando-se as águas cada vez mais, o povo fugiu em busca de refúgio às mais altas montanhas. Freqüentemente homens e animais lutavam entre si, por um lugar, até que uns e outros eram varridos.

Dos mais altos montes olhavam os homens ao longe sobre um oceano sem praias. As solenes advertências do servo de Deus não mais pareciam assunto para o ridículo e escárnio. Quanto anelavam aqueles pecadores condenados as oportunidades que

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