- Primeiros Escritos III. Dons Espirituais
Os Mistérios da Iniqüidade
Capítulo: 049 050051
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Satanás não pôde impedir o plano da salvação. Jesus foi crucificado e ressuscitou no terceiro dia. Mas Satanás disse a seus anjos que ele faria mesmo a crucifixão e ressurreição servirem a seus intuitos. Concordava com que aqueles que professavam fé em Jesus cressem que as leis que regulavam os sacrifícios e ofertas judaicos cessaram por ocasião da morte de Cristo, caso pudesse levá-los mais longe e fazê-los crer que a lei dos Dez Mandamentos também morrera com Cristo.
Vi que muitos se deixaram facilmente levar por este ardil de Satanás. Todo o Céu moveu-se de indignação vendo a santa lei de Deus pisada a pés. Jesus e todo o exército celestial conheciam a natureza da lei de Deus; sabiam que Ele não a mudaria ou anularia. A desesperançada condição do homem depois da queda determinou a mais profunda tristeza no Céu, e levou Jesus a oferecer-Se para morrer pelos transgressores da santa lei de Deus. Mas, se aquela lei pudesse ser anulada, o homem poderia ter sido salvo sem a morte de Jesus. Conseqüentemente sua morte não destruiu a lei de Seu Pai, mas engrandeceu-a, honrou-a, e encareceu a obediência a todos os seus santos preceitos.
Houvesse a igreja permanecido pura e constante, Satanás não a poderia ter enganado e tê-la levado a espezinhar a lei de Deus. Neste ousado plano Satanás ataca diretamente o fundamento do governo de Deus, no Céu e na Terra. Sua rebelião determinou sua expulsão do Céu. Depois de rebelar-se desejou ele, a fim de salvar-se, que Deus mudasse Sua lei; mas foi declarado perante todo o exército celestial que a lei de Deus é inalterável. Satanás sabe que, se ele pode fazer outros violarem a lei de Deus, tê-los-á ganho para a sua causa; pois cada transgressor daquela lei deve morrer.
Satanás se decidiu a ir ainda mais longe. Disse a seus anjos que alguns seriam tão zelosos da lei de Deus que não poderiam