- Mensagens Escolhidas 1 V. Cristo e as Doutrinas: Cristo e a Lei
A Lei e o Evangelho
Capítulo: 029 030031
Pág. 232
plano da salvação, que remontava à queda de Adão, foi-lhe revelado de modo assaz vivo. Soube então que o mesmo anjo que dirigia o peregrinar dos filhos de Israel, seria revelado em carne. O amado Filho de Deus, que era um com o Pai, faria um com Deus a todos os homens que nEle cressem e confiassem. Moisés viu o verdadeiro significado das ofertas sacrificais. Cristo ensinou a Moisés o plano evangélico, e por Cristo a glória do evangelho iluminou o semblante de Moisés, de modo que o povo não o podia contemplar.
Moisés mesmo estava inconsciente da brilhante glória que lhe irradiava da face, e não sabia porque era que os filhos de Israel fugiam dele quando se lhes aproximava. Chamou-os para junto de si, mas não ousavam olhar para aquela face glorificada. Quando Moisés percebeu que o povo não lhe podia mirar o rosto, por causa de sua glória, cobriu-o com um véu.
A glória do rosto de Moisés era muitíssimo penosa para os filhos de Israel, por motivo de sua transgressão da santa lei de Deus. Isto é uma ilustração dos sentimentos dos que violam a lei divina. Desejam remover dela sua luz penetrante, que é um terror para o que a transgride, ao passo que para os leais ela se afigura santa, justa e boa. Apenas os que têm justa consideração para com a lei de Deus podem estimar devidamente a expiação de Cristo, tornada necessária pela violação da lei do Pai.
Os que mantêm a idéia de que não havia Salvador na dispensação antiga, têm sobre o entendimento um véu tão opaco quanto o dos judeus que rejeitaram a Cristo. Os judeus confirmavam sua fé no Messias por vir, na oferta de sacrifícios que simbolizavam a Cristo. Entretanto, quando Jesus apareceu, cumprindo todas as profecias acerca do Messias prometido, e fazendo obras que O assinalavam como divino Filho de Deus, eles O rejeitaram, recusando-se a aceitar as mais claras provas de Seu verdadeiro caráter. A igreja cristã, por outro lado, que professa a máxima fé em Cristo, desprezando o sistema judaico, virtualmente nega a Cristo, que foi o originador de toda a economia judaica.