- O Maior Discurso de Cristo
A Espiritualidade da Lei
Capítulo: 002 003004
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por Satanás devem ser redimidas para partilhar da gloriosa liberdade dos filhos de Deus. O desígnio divino não é meramente livrar do sofrimento inevitável resultante do pecado, mas salvar do próprio pecado. A alma, corrompida e deformada, tem de ser purificada, transformada, a fim de poder ser revestida da "graça do Senhor, nosso Deus" (Sal. 90:17), conforme a "imagem de Seu Filho". Rom. 8:29. "As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem são as que Deus preparou para os que O amam." I Cor. 2:9. Unicamente a eternidade pode revelar o glorioso destino a que o homem, restaurado à imagem de Deus, pode atingir.
Para podermos alcançar esse elevado ideal, o que leva a alma a tropeçar precisa ser sacrificado. É mediante a vontade que o pecado retém seu domínio sobre nós. A entrega da vontade é representada como arrancar o olho ou cortar a mão. Parece-nos muitas vezes que, sujeitar a vontade a Deus é o mesmo que consentir em atravessar a vida mutilado ou aleijado. É melhor, porém, diz Cristo, que o eu seja mutilado, ferido, aleijado, contanto que possais entrar na vida. Aquilo que considerais um desastre, é a porta para um mais elevado bem.
Deus é a fonte da vida, e só podemos ter vida ao nos acharmos em comunhão com Ele. Separados de Deus, a existência nos pertencerá por um pouco de tempo, mas não possuímos a vida. "A que vive em deleites, vivendo, está morta." I Tim. 5:6. Unicamente por meio da entrega de nossa vontade a Deus, é-Lhe possível comunicar-nos vida. Só mediante o receber Sua vida pela entrega do próprio eu é possível, disse Jesus, serem vencidos aqueles pecados ocultos que mencionei. É