- História da Redenção
A Crucifixão de Cristo
Capítulo: 028 029030
Pág. 222
da carne tenra e fixados na cruz, os quebrantados discípulos levaram da cena cruel o corpo desfalecido da mãe de Jesus.
Jesus não murmurou uma queixa; Seu rosto permaneceu calmo e sereno, mas grandes gotas de suor estavam em Sua fronte. Mão piedosa alguma houve para enxugar o suor da morte de Sua face, e nem palavras de simpatia e inabalável fidelidade para confortar Seu coração humano. Ele estava pisando sozinho o lagar; de todas as pessoas, ali não havia uma com Ele. Enquanto os soldados executavam a terrível obra, e Ele sofria a mais aguda agonia, Jesus orava pelos Seus inimigos: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem." Luc. 23:34. Aquela oração de Cristo pelos Seus inimigos abrangia o mundo inteiro, envolvendo cada pecador que deveria viver até o fim dos tempos.
Depois de ser Jesus pregado à cruz, ela foi erguida por alguns vigorosos homens e lançada com grande violência no lugar preparado para ela, causando cruciante agonia ao Filho de Deus. Então uma terrível cena ocorreu. Sacerdotes, príncipes e escribas esqueceram a dignidade de seu sagrado ofício, e uniram-se com a turba em zombar e injuriar o agonizante Filho de Deus, dizendo: "Se Tu és o Rei dos Judeus, salva-Te a Ti mesmo." Luc. 23:37. Alguns escarnecedoramente repetiam entre si: "Salvou os outros, e não pode salvar-Se a Si mesmo." Mar. 15:31. Os dignitários do templo, os empedernidos soldados, o vil ladrão sobre a cruz e os cruéis dentre a multidão - todos se uniram nos insultos a Cristo.
Os ladrões que foram crucificados com Jesus sofriam a mesma tortura física que Ele: mas um deles pelo sofrimento tornou-se mais endurecido e desesperado. Ecoou a zombaria dos sacerdotes, e lançou-a sobre Jesus, dizendo: "Se Tu és o Cristo, salva-Te a Ti mesmo,