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O Grande Conflito
LivrosAutor: Ellen White
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ao púlpito, exaltava as indulgências como o mais precioso dom de Deus. Declarava que em virtude de seus certificados de perdão, todos os pecados que o comprador mais tarde quisesse cometer ser-lhe-iam perdoados, e que "mesmo o arrependimento não é necessário". – D’Aubigné. Mais do que isto, assegurava aos ouvintes que as indulgências tinham poder para salvar não somente os vivos mas também os mortos; que, no mesmo instante em que o dinheiro tinia de encontro ao fundo de sua caixa, a alma em cujo favor era pago escaparia do purgatório, ingressando no Céu. – História da Reforma, de Hagenbach.

Quando Simão, o mago, propôs comprar dos apóstolos o poder de operar milagres, Pedro lhe respondeu: "O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois cuidaste que o dom de Deus se alcança por dinheiro." Atos 8:20. A oferta de Tetzel, porém, foi aceita por ávidos milhares. Ouro e prata eram canalizados para o seu tesouro. Uma salvação que se poderia comprar com dinheiro obtinha-se mais facilmente do que a que exige o arrependimento, fé e esforço diligente para resistir ao pecado e vencê-lo.

À doutrina das indulgências tinham-se oposto homens de saber e piedade da Igreja Romana, e muitos havia que não tinham fé em pretensões tão contrárias tanto à razão como à revelação. Nenhum prelado ousou erguer a voz contra este iníquo comércio; mas o espírito dos homens estava-se tornando perturbado e desassossegado, e muitos com avidez inquiriam se Deus não operaria mediante algum instrumento a purificação de Sua igreja.

Lutero, conquanto ainda católico romano da mais estrita classe, encheu-se de horror ante as blasfemas declarações dos traficantes das indulgências. Muitos de sua própria congregação haviam comprado certidões de perdão, e logo começaram a dirigir-se a seu pastor, confessando seus vários pecados e esperando absolvição, não porque estivessem arrependidos e desejassem corrigir-se, mas sob o fundamento da indulgência. Lutero recusou-lhes a absolvição, advertindo-os de que, a

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