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O Grande Conflito
LivrosAutor: Ellen White
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formosura", levantava-se ele como o orgulho da nação judaica. Que filho de Israel poderia contemplar aquele cenário sem um estremecimento de alegria e admiração?! Entretanto, pensamentos muito diversos ocupavam a mente de Jesus. "Quando ia chegando, vendo a cidade, chorou sobre ela." Luc. 19:41. Por entre o universal regozijo de Sua entrada triunfal, enquanto se agitavam ramos de palmeiras, enquanto alegres hosanas despertavam ecos nas colinas, e milhares de vozes O aclamavam Rei, o Redentor do mundo achava-Se oprimido por súbita e misteriosa tristeza. Ele, o Filho de Deus, o Prometido de Israel, cujo poder vencera a morte e do túmulo chamara a seus cativos, estava em pranto, não em conseqüência de uma mágoa comum, senão de agonia intensa, irreprimível.

Suas lágrimas não eram por Si mesmo, posto que bem soubesse para onde Seus passos O levariam. Diante dEle jazia o Getsêmani, cenário de Sua próxima agonia. Estava também à vista a porta das ovelhas, através da qual durante séculos tinham sido conduzidas as vítimas para o sacrifício, e que se Lhe deveria abrir quando fosse "como um cordeiro" "levado ao matadouro". Isa. 53:7. Não muito distante estava o Calvário, o local da crucifixão. Sobre o caminho que Cristo logo deveria trilhar, cairia o terror de grandes trevas ao fazer Ele de Sua alma uma oferta pelo pecado. Todavia, não era a contemplação destas cenas que lançava sobre Ele aquela sombra, em tal hora de alegria. Nenhum sinal de Sua própria angústia sobre-humana nublava aquele espírito abnegado. Chorava pela sorte dos milhares de Jerusalém – por causa da cegueira e impenitência daqueles que Ele viera abençoar e salvar.

A história de mais de mil anos do favor especial de Deus e de Seu cuidado protetor manifestos ao povo escolhido, estava patente aos olhos de Jesus. Ali estava o Monte Moriá, onde o filho da promessa, como vítima submissa, havia sido ligado ao altar – emblema da oferenda do Filho de Deus (Gên. 22:9). Ali, o concerto de bênçãos e a gloriosa promessa messiânica tinham sido confirmados ao pai dos crentes (Gên. 22:16-18). Ali as chamas do sacrifício, ascendendo da eira de Ornã para o

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