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O Desejado de Todas as Nações
LivrosAutor: Ellen White
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Os links abaixo estão disponiveis com permissão do Ellen G. White Estate em Silver Spring, Maryland, EUA.

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o Espírito Santo estava lutando com Pilatos, e deu-lhe oportunidade de reconhecer a própria convicção. "Tu dizes isto de ti mesmo", perguntou, "ou disseram-to outros de Mim?" João 18:34. Isto é, era a acusação dos sacerdotes, ou o desejo de receber luz de Cristo, que motivava a pergunta de Pilatos? Pilatos compreendeu a intenção de Jesus; mas surgiu o orgulho em seu coração. Não queria reconhecer a convicção que o assaltava. "Porventura sou eu judeu?" disse. "A Tua nação e os principais dos sacerdotes entregaram-Te a mim; que fizeste?" João 18:35.

Passara a oportunidade áurea de Pilatos. Todavia, Jesus não o deixou ainda sem luz. Conquanto não respondesse diretamente à pergunta de Pilatos, declarou abertamente a própria missão. Deu a entender a Pilatos que não buscava um trono terrestre.

"O Meu reino não é deste mundo", disse Ele, "se o Meu reino fosse deste mundo, pelejariam os Meus servos, para que Eu não fosse entregue aos judeus; mas agora o Meu reino não é daqui. Disse-Lhe Pilatos: Logo Tu és rei? Jesus respondeu: Tu dizes que Eu sou rei. Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a Minha voz." João 18:36 e 37.

Cristo afirmou que Sua palavra era em si mesma uma chave que revelaria o mistério aos que estivessem preparados para recebê-Lo. Ela possuía em si um poder que a recomendava, e isso era o segredo da ampliação de Seu reino de verdade. Desejava que Pilatos compreendesse que unicamente recebendo a verdade e dela se apoderando, poderia ser restaurada sua arruinada natureza.

Pilatos teve desejo de conhecer a verdade. Seu espírito estava confundido. Apegou-se ansioso às palavras do Salvador, e o coração agitou-se-lhe num grande anelo de saber o que ela era realmente, e como a poderia obter. "Que é a verdade?" indagou. Mas não esperou a resposta. O tumulto lá fora lembrou-lhe os interesses do momento; pois os sacerdotes clamavam por ação imediata. Saindo para onde estavam os judeus, declarou com veemência: "Não acho nEle crime algum." João 18:38.

Essas palavras de um juiz pagão foram uma demolidora repreensão à perfídia e falsidade dos príncipes de Israel, que acusavam o Salvador. Ao ouvirem os sacerdotes e anciãos isso de Pilatos, sua decepção e cólera não tiveram limites. Haviam tramado e esperado longamente essa oportunidade. Ao verem a perspectiva de Jesus ser solto, pareciam prontos a despedaçá-Lo. Acusavam Pilatos em altas vozes, e ameaçaram-no com a

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