- O Desejado de Todas as Nações VII. Aproxima-se o Fim
Em Memória de Mim
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em resultado da morte de Cristo. Até que Ele venha a segunda vez em poder e glória, há de ser celebrada esta ordenança. É o meio pelo qual Sua grande obra em nosso favor deve ser conservada viva em nossa memória.
Ao tempo de sua libertação do Egito, os filhos de Israel comeram a ceia pascoal de pé, lombos cingidos, e com o cajado na mão, prontos para a viagem. A maneira em que celebraram essa ordenança estava em harmonia com sua condição; pois estavam para ser mandados sair da terra do Egito, e deviam começar uma penosa e difícil jornada através do deserto. Ao tempo de Cristo, porém o estado de coisas havia mudado. Não estavam agora para ser mandados sair de um país estrangeiro, mas eram habitantes de sua própria pátria. Em harmonia com o descanso que lhes fora dado, o povo tomava então parte na ceia pascoal em posição reclinada. Colocavam-se leitos ou divãs ao redor da mesa, e os convivas, reclinados neles, descansando no braço esquerdo, tinham livre a mão direita para servir-se. Nesta posição, um comensal podia reclinar a cabeça no peito do outro que lhe ficava imediato. E os pés, saindo da extremidade do leito, podiam ser lavados por alguém que passasse pelo lado exterior do círculo.
Cristo está ainda à mesa em que fora posta a ceia pascoal. Acham-se diante dEle os pães asmos usados no período da páscoa. O vinho pascoal, livre de fermento, está sobre a mesa. Estes emblemas Cristo emprega para representar Seu próprio irrepreensível sacrifício. Coisa alguma corrompida por fermentação, símbolo do pecado e da morte, podia representar "o Cordeiro imaculado e incontaminado". I Ped. 1:19.
"E quando comiam, Jesus tomou o pão, e, abençoando-o, o partiu e o deu aos discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o Meu corpo. E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho, dizendo: Bebei dele todos; porque isto é o Meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados. E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide até aquele dia em que o beba de novo convosco no reino de Meu Pai." Mat. 26:26-29.
Judas, o traidor, achava-se presente à cerimônia sacramental. Ele recebeu de Jesus os emblemas de Seu corpo partido e de Seu derramado sangue. Ouviu as palavras: "Fazei isto em memória de Mim." I Cor. 11:25. E ali, sentado na própria presença do Cordeiro de Deus, o traidor alimentava seus negros desígnios, e acariciava seus vingativos pensamentos.
No lava-pés, Cristo dera convincente prova de que compreendia o caráter de Judas. "Nem todos estais limpos" (João 13:11), dissera. Estas