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O Desejado de Todas as Nações
LivrosAutor: Ellen White
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vezes falado do sacrifício que certamente O aguardava, no alegre triunfo presente esqueceram Suas dolorosas palavras, e anteciparam-Lhe o próspero reino no trono de Davi.

Novos acréscimos se iam fazendo continuamente à procissão, e com poucas exceções, todos quantos a ela se juntavam eram possuídos pelo entusiasmo do momento, avolumando os hosanas que ecoavam de monte em monte, de vale em vale. Subiam continuamente as aclamações: "Hosana ao Filho de Davi; bendito O que vem em nome do Senhor. Hosana nas alturas!" Mar. 11:9 e 10.

Nunca dantes vira o mundo um cortejo triunfal como esse. Não se assemelhava ao dos famosos conquistadores da Terra. Não fazia parte daquela cena nenhuma comitiva de lamentosos cativos, como troféus da bravura real. Achavam-se em torno do Salvador os gloriosos troféus de Seus serviços de amor pelo homem caído. Estavam os cativos a quem resgatara do poder de Satanás, louvando a Deus por sua libertação. Os cegos a quem restituíra a vista, abriam a marcha. Os mudos cuja língua soltara, entoavam os mais altos hosanas. Saltavam de alegria os coxos por Ele curados, sendo os mais ativos em quebrar os ramos de palmeira e agitá-los diante do Salvador. As viúvas e os órfãos exaltavam o nome de Jesus pelos atos de misericórdia que lhes dispensara. Os leprosos a quem purificara, estendiam na estrada as vestes incontaminadas, ao mesmo tempo que O saudavam como Rei da glória. Aqueles a quem Sua voz despertara do sono da morte, tomavam parte no cortejo. Lázaro, cujo corpo provara a corrupção no sepulcro, mas que então se regozijava na força da varonilidade gloriosa, conduzia o animal que Jesus montava.

Muitos fariseus testemunhavam a cena e, ardendo de inveja e malignidade, buscavam desviar a corrente dos sentimentos populares. Com toda a sua autoridade tentaram impor silêncio ao povo; mas seus apelos e ameaças não faziam senão aumentar o entusiasmo. Temeram que essa multidão, na força de seu número, fizesse Jesus rei. Como último recurso, avançaram por entre a turba até onde estava o Salvador, e abordaram-nO com palavras de censura e ameaça: "Mestre, repreende os Teus discípulos." Luc. 19:39. Declararam não serem lícitas tão ruidosas manifestações, nem permitidas pelas autoridades. Foram, porém, reduzidos ao silêncio pela réplica de Jesus: "Digo-vos que, se estes se calarem, as próprias pedras clamarão." Luc. 19:40. Aquela cena de triunfo era designada pelo próprio Deus. Fora predita pelo profeta, e o homem era impotente para impedir os Seus desígnios. Houvesse o homem deixado de executar Seu plano, e Ele teria comunicado voz às inanimadas pedras, que saudariam Seu Filho com aclamações

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