- O Desejado de Todas as Nações VI. O Rejeitado
A Última Jornada da Galiléia
Capítulo: 052 053054
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divino caráter de Jesus, que levaram Seus irmãos a solicitar que Se apresentasse publicamente ao povo na festa dos tabernáculos. Agora, em idêntico espírito, os discípulos quiseram impedir que Ele fizesse essa viagem a Jerusalém. Lembravam-se de Suas palavras quanto ao que Lhe sobreviria ali, conheciam a mortal hostilidade dos guias religiosos e de bom grado haveriam dissuadido seu Mestre de ir lá.
Dolorosa coisa era para o coração de Jesus, avançar em Seu caminho a despeito dos temores, decepções e incredulidade dos amados discípulos. Duro era conduzi-los à angústia e desespero que os aguardavam em Jerusalém. E Satanás estava a postos para forçar suas tentações sobre o Filho do homem. Por que iria agora a Jerusalém, a uma morte certa? Por toda parte, ao Seu redor, estavam almas famintas do pão da vida. Por todo lado, almas sofredoras a esperar-Lhe a palavra de cura. A obra a ser operada pelo evangelho de Sua graça apenas começara. E Ele Se achava em pleno vigor da primavera da varonilidade. Por que não ir aos vastos campos do mundo com as palavras de Sua graça, o toque de Seu poder de curar? Por que não Se dar a Si mesmo a alegria de conceder luz e satisfação aos entenebrecidos e sofredores milhões de criaturas? Por que deixar a colheita aos discípulos, tão fracos na fé, tão pesados de entendimento, tão tardios para agir? Por que enfrentar a morte agora, e deixar a obra ainda em sua infância? O inimigo que no deserto se defrontara com Cristo, assaltou-O então com cruéis e sutis tentações. Houvesse Jesus cedido por um instante, houvesse mudado Sua orientação no mínimo particular para Se salvar a Si mesmo, e os instrumentos de Satanás haveriam triunfado, ficando o mundo perdido.
Mas Jesus "manifestou o firme propósito de ir a Jerusalém". A única lei de Sua vida era a vontade de Seu Pai. Na visita ao templo, em Sua meninice, dissera a Maria: "Não sabeis que Me convém tratar dos negócios de Meu Pai?" Luc. 2:49. Em Caná, quando Maria desejou que Ele manifestasse o poder miraculoso que possuía, Sua resposta foi: "Ainda não é chegada a Minha hora." João 2:4. Com as mesmas palavras respondeu a Seus irmãos, quando insistiram em que fosse à festa. Mas no grande plano de Deus fora designada a hora para que Ele Se desse em oferta pelos pecados dos homens, e essa hora estava prestes a soar. Ele não fracassaria nem vacilaria. Seus passos se dirigem a Jerusalém, onde Seus inimigos há muito planejam tirar-Lhe a vida; agora, Ele a deporá. Assentou firmemente o propósito de ir ao encontro da perseguição, da negação, rejeição e condenação e morte.
E "mandou mensageiros diante da Sua face; e, indo eles,