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O Desejado de Todas as Nações
LivrosAutor: Ellen White
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Os links abaixo estão disponiveis com permissão do Ellen G. White Estate em Silver Spring, Maryland, EUA.

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Geralmente, acreditavam os judeus que o pecado é punido nesta vida. Toda enfermidade era considerada como o castigo de qualquer mau procedimento, fosse da própria pessoa, fosse de seus pais. É verdade que todo sofrimento é resultado da transgressão da lei divina, mas esta verdade fora pervertida. Satanás, o autor do pecado e de todas as suas conseqüências, levara os homens a considerarem a doença e a morte como procedentes de Deus – como castigos arbitrariamente infligidos por causa do pecado. Daí, aquele sobre quem caíra grande aflição ou calamidade, sofria além disso o ser olhado como grande pecador.

Assim estava preparado o caminho para os judeus rejeitarem a Jesus. Aquele que "tomou sobre Si as nossas enfermidades, e as nossas dores", era considerado pelos judeus como "aflito, ferido de Deus, e oprimido"; e dEle escondiam o rosto. Isa. 53:4 e 3.

Deus dera uma lição destinada a evitar isso. A história de Jó mostrara que o sofrimento é infligido por Satanás, mas Deus predomina sobre ele para fins misericordiosos. Mas Israel não entendera a lição. O mesmo erro pelo qual Deus reprovara os inimigos de Jó, repetiu-se nos judeus em sua rejeição de Cristo.

A crença dos judeus a respeito da relação existente entre o pecado e o sofrimento, partilhavam-na os discípulos de Cristo. Procurando corrigir-lhes o erro, não explicou a causa da aflição do homem, mas disse-lhes qual seria o resultado. Em virtude da mesma, manifestar-se-iam as obras de Deus. "Enquanto estou no mundo", disse Ele, "sou a luz do mundo." João 9:5. Havendo então untado os olhos do cego, mandou-o lavar-se no tanque de Siloé e foi restaurada a vista do homem. Assim respondeu Jesus, de maneira prática, a pergunta dos discípulos, como costumava fazer com as que Lhe eram dirigidas por curiosidade. Os discípulos não eram chamados a discutir o fato de quem tinha ou não tinha pecado, mas a entender o poder e a misericórdia de Deus em dar vista ao cego. Era claro que não havia poder de curar no lodo, ou no tanque em que o cego foi mandado lavar-se, mas que a virtude residia em Cristo.

Os fariseus não podiam deixar de espantar-se com a cura. Todavia, mais do que nunca, encheram-se de ódio; pois o milagre se realizara no sábado.

Os vizinhos do jovem, e os que o conheciam antes, quando cego, diziam: "Não é este aquele que estava assentado e mendigava?" João 9:8. Olhavam-no duvidosos, porque, depois que os olhos lhe foram abertos, se lhe mudara a fisionomia, e animara-se, e parecia outro homem. A pergunta corria de uns para outros. Alguns

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