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O Desejado de Todas as Nações
LivrosAutor: Ellen White
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Os links abaixo estão disponiveis com permissão do Ellen G. White Estate em Silver Spring, Maryland, EUA.

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Os discípulos ainda esperavam que Cristo reinasse como príncipe temporal. Conquanto Ele houvesse por tanto tempo ocultado Seu desígnio, acreditavam que não permaneceria para sempre na pobreza e obscuridade; aproximava-se o tempo em que estabeleceria o Seu reino. Que o ódio dos sacerdotes e rabis jamais arrefecesse, que Cristo houvesse de ser rejeitado por Sua própria nação, condenado como enganador e crucificado como malfeitor – este pensamento nunca os discípulos abrigaram. Mas vinha chegando a hora do poder das trevas, e Jesus precisava revelar aos discípulos o conflito que se achava diante deles. Estava triste, antecipando a prova.

Até então, abstivera-Se de dar-lhes a conhecer qualquer coisa relativamente a Seus sofrimentos e morte. Em Sua conversação com Nicodemos, dissera: "Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado; para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna." João 3:14 e 15. Mas os discípulos não ouviram isso e, ouvissem-no embora, não o haveriam compreendido. Agora, porém, estiveram com Jesus, ouvindo-Lhe as palavras, testemunhando-Lhe as obras, até que, não obstante a humildade de Seu ambiente, e a oposição dos sacerdotes e do povo, foram capazes de se unir a Pedro no testemunho: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo." Chegou então o momento para correr o véu que ocultava o futuro. "Desde então começou Jesus a mostrar aos discípulos que convinha ir a Jerusalém, e padecer muito dos anciãos, e dos principais dos sacerdotes, dos escribas, e ser morto, e ressuscitar ao terceiro dia." Mat. 16:21.

Mudos de angústia e espanto escutaram os discípulos. Cristo aceitara o reconhecimento, por parte de Pedro, de Sua filiação de Deus; e agora Suas palavras, indicativas dos sofrimentos e da morte que O aguardavam, pareciam incompreensíveis. Pedro não se pôde conter. Tomando o Mestre à parte, como a querer subtraí-Lo à impendente condenação, exclamou: "Senhor, tem compaixão de Ti; de modo nenhum Te acontecerá isso." Mat. 16:22.

Pedro amava seu Senhor; mas Jesus não o louvou por assim manifestar o desejo de O proteger contra o sofrimento. As palavras de Pedro não eram de molde a ajudar e consolar Jesus na grande prova que estava diante dEle. Não estavam em harmonia com o desígnio de Deus, de graça para com o mundo perdido, nem a lição de sacrifício que Jesus viera ensinar com Seu próprio exemplo. Pedro não desejava ver a cruz na obra de Cristo. A impressão que suas palavras haviam de causar, era inteiramente contrária à que Cristo desejava produzir no espírito de Seus seguidores, e o Salvador foi compelido a proferir uma das mais

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