- O Desejado de Todas as Nações IV. Dias Promissores
Os Primeiros Evangelistas
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os malfeitores, do que a espada ou os tribunais de justiça. Estes são necessários para incutir terror aos transgressores, mas o amorável missionário pode fazer mais do que isto. Muitas vezes o coração se endurece sob a repreensão; mas se abrandará sob a influência do amor de Cristo. O missionário não somente pode aliviar os incômodos físicos, mas conduzir o pecador ao grande Médico, o qual é capaz de purificar a alma da lepra do pecado. É desígnio de Deus que, mediante Seus servos, os doentes, os desafortunados, os possuídos de espíritos maus, Lhe ouçam a voz. Deseja, mediante Seus instrumentos humanos, ser um Confortador tal como o mundo não conhece.
Em sua primeira viagem missionária, os discípulos deviam ir apenas às "ovelhas perdidas da casa de Israel". Houvessem pregado então o evangelho aos gentios ou aos samaritanos, e teriam perdido a influência para com os judeus. Despertando os preconceitos dos fariseus, ter-se-iam envolvido em conflitos que os haveriam desanimado no princípio de seus labores. Mesmo os apóstolos eram tardios em compreender que o evangelho devia ser levado a todas as nações. Enquanto eles próprios não fossem capazes de apreender esta verdade, não se achavam preparados para trabalhar pelos gentios. Se os judeus recebessem o evangelho, Deus intentava fazê-los Seus mensageiros aos gentios. Eram, portanto, eles os que primeiro deviam ouvir a mensagem salvadora.
Por todo o campo de trabalho de Cristo havia almas despertas para as próprias necessidades, famintas e sequiosas da verdade. Chegara o tempo de enviar as boas novas de Seu amor a esses anelantes corações. A todos esses deviam os discípulos ir como representantes Seus. Os crentes seriam assim levados a considerá-los mestres divinamente designados, e quando o Salvador lhes fosse tirado, não seriam deixados sem instrutores.
Nessa primeira viagem, os discípulos só deviam ir aos lugares em que Jesus já estivera antes, e onde fizera amigos. Seus preparativos de viagem deviam ser os mais simples. Não deviam permitir que coisa alguma lhes distraísse o espírito de sua grande obra, nem de maneira nenhuma despertar oposição e fechar a porta a trabalho posterior. Não deviam adotar o vestuário dos mestres religiosos, nem usar no traje coisa alguma que os houvesse de distinguir dos humildes camponeses. Não lhes convinha entrar nas sinagogas e convocar o povo para serviço público; seu esforço devia-se desenvolver no trabalho feito de casa em casa. Não deviam perder tempo em inúteis saudações, nem indo de casa em casa se hospedar. Mas convinha que aceitassem em todo o lugar a hospitalidade dos que eram dignos, os que os