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O Desejado de Todas as Nações
LivrosAutor: Ellen White
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Os links abaixo estão disponiveis com permissão do Ellen G. White Estate em Silver Spring, Maryland, EUA.

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aflitos que iam ter com Ele, sentiam que ligava com os próprios, o interesse deles, como um terno e fiel amigo, e desejavam conhecer mais das verdades que ensinava. O Céu era trazido perto. Anelavam permanecer diante dEle, para terem sempre consigo o conforto de Sua presença.

Jesus observava com profundo interesse as mutações na fisionomia dos ouvintes. Os rostos que exprimiam interesse e prazer, davam-Lhe grande satisfação. Ao penetrarem as setas da verdade na alma, rompendo as barreiras do egoísmo, e operando a contrição e finalmente o reconhecimento, o Salvador alegrava-Se. Quando Seus olhos percorriam a multidão dos ouvintes, e reconhecia entre eles os rostos que já vira anteriormente, Seu semblante iluminava-se de alegria. Via neles candidatos, em perspectiva, a súditos do Seu reino. Quando a verdade, dita com clareza, tocava algum acariciado ídolo, observava a mudança de fisionomia, o olhar frio, de repulsa, que mostrava não ser a luz bem-recebida. Quando via homens recusarem a mensagem de paz, isso Lhe traspassava o coração.

Falava Jesus na sinagoga acerca do reino que viera estabelecer, e de Sua missão de libertar os cativos de Satanás. Foi interrompido por um agudo grito de terror. Um louco precipitou-se dentre o povo para a frente, exclamando: "Ah! que temos nós contigo, Jesus Nazareno? Vieste a destruir-nos? Bem sei quem és: o Santo de Deus." Luc. 4:34.

Tudo era agora confusão e alarme. A atenção do povo se desviou de Cristo, e Suas palavras não foram escutadas. Tal era o desígnio de Satanás em levar a vítima à sinagoga. Mas Jesus repreendeu o demônio, dizendo: "Cala-te, e sai dele. E o demônio, lançando-o por terra no meio do povo, saiu dele sem lhe fazer mal." Luc. 4:35.

O espírito desse mísero sofredor fora entenebrecido por Satanás, mas, em presença do Salvador, um raio de luz lhe penetrara as trevas. Foi despertado, e ansiou a libertação do domínio do maligno; mas o demônio resistia ao poder de Cristo. Quando o homem tentou apelar para Cristo em busca de auxílio, o espírito mau pôs-lhe nos lábios as palavras, e ele gritou em angústia de temor. O possesso compreendia em parte achar-se em presença de Alguém que o podia libertar; mas, ao tentar chegar ao alcance daquela poderosa mão, outra vontade o segurou; outras palavras encontraram expressão por meio dele. Terrível era o conflito entre o poder de Satanás e seu próprio desejo de libertação.

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