- O Desejado de Todas as Nações IV. Dias Promissores
Em Cafarnaum
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das profecias, seria atraída a atenção para o Salvador, e Sua missão apresentada ao mundo.
Não obstante a ação do Sinédrio contra Jesus, o povo aguardava ansiosamente o desenvolvimento de Sua missão. Todo o Céu estava palpitante de interesse. Anjos Lhe preparavam caminho ao ministério, movendo o coração dos homens e atraindo-os ao Salvador.
O filho do nobre, a quem Jesus curara, era em Cafarnaum uma testemunha de Seu poder. E o oficial da corte e sua casa testificavam alegremente de sua fé. Ao saber-se que o próprio Mestre Se achava entre eles, toda a cidade se agitou. Multidões eram atraídas à Sua presença. No sábado o povo afluía à sinagoga de tal maneira que grande número tinha de voltar, por não conseguir entrada.
Todos quantos ouviam o Salvador "admiravam a Sua doutrina, porque a Sua palavra era com autoridade" Luc. 4:32. Ensinava-os "como tendo autoridade; e não como os escribas" Mat. 7:29. Os ensinos dos escribas e anciãos eram frios e formais, como uma lição aprendida de cor. Para eles, a Palavra de Deus não possuía nenhum poder vital. Seus ensinos eram substituídos pelas idéias e tradições deles próprios. Na costumada rotina do culto, professavam explicar a lei, mas nenhuma inspiração de Deus lhes comovia o coração ou de seus ouvintes.
Jesus nada tinha que ver com as várias dissensões existentes entre os judeus. Sua obra era apresentar a verdade. Suas palavras derramavam uma torrente de luz sobre os ensinos dos patriarcas e profetas, e as Escrituras chegavam aos homens como uma nova revelação. Nunca dantes haviam Seus ouvintes percebido tal profundeza de sentido na Palavra de Deus.
Jesus abordava o povo no mesmo terreno em que se encontrava, como alguém que lhes conhecia de perto as perplexidades. Tornava bela a verdade, apresentando-a da maneira mais positiva e simples. Sua linguagem era pura, refinada e clara como a água de uma fonte. A voz era como música aos ouvidos que haviam escutado o monótono tom dos rabis. Mas se bem que fosse simples o ensino, falava como alguém que tem autoridade. Esta característica punha seu ensino em contraste com o de todos os outros. Os rabis falavam duvidosos e hesitantes, como se as Escrituras pudessem ser interpretadas significando uma coisa ou exatamente o contrário. Os ouvintes eram diariamente possuídos de uma certeza cada vez maior. Mas Jesus ensinava as Escrituras com indubitável autoridade. Fosse qual fosse o assunto, era apresentado com poder, como se Suas Palavras não pudessem sofrer contestação.