- O Desejado de Todas as Nações IV. Dias Promissores
Não É Este o Filho do Carpinteiro?
Capítulo: 023 024025
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impossível revelar-lhes as verdades concernentes ao Seu reino. Apegavam-se a seu credo e a suas cerimônias inúteis, quando a verdade do Céu aguardava ser por eles aceita. Gastavam o dinheiro em palha e cascas, quando tinham ao seu alcance o pão da vida. Por que não iam à Palavra de Deus e indagavam diligentemente, a ver se estavam em erro? As Escrituras do Antigo Testamento declaravam positivamente cada detalhe do ministério de Cristo, e repetidamente Ele citava os profetas e declarava: "Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos." Houvessem eles procurado sinceramente as Escrituras, provando suas teorias pela Palavra de Deus, e Jesus não teria precisado chorar por sua impenitência. Não teria necessitado declarar: "Eis que a vossa casa se vos deixará deserta." Luc. 13:35. Deveriam estar familiarizados com as provas de Sua messianidade, e a calamidade que lançou em ruínas sua orgulhosa cidade poderia ter sido desviada. Mas o espírito dos judeus se estreitara por seu irrazoável fanatismo. As lições de Cristo revelavam-lhes as deficiências de caráter, e requeriam arrependimento. Se eles Lhe aceitassem os ensinos, teriam de mudar de hábitos, e suas acariciadas esperanças deviam ser abandonadas. Para serem honrados pelo Céu, deviam sacrificar a honra dos homens. Se obedecessem às palavras desse novo Rabi, tinham de ir de encontro às opiniões dos pensadores e mestres da época.
A verdade era impopular nos dias de Cristo. É impopular em nossos dias. Tem-no sido sempre, desde que Satanás despertou no homem, no princípio, o desagrado por ela, mediante a apresentação de fábulas que induziram à exaltação própria. Não encontramos hoje teorias e doutrinas que não têm fundamento na Palavra de Deus? Os homens a elas se apegam tão tenazmente, como os judeus às suas tradições.
Os guias judaicos estavam cheios de orgulho espiritual. Seu desejo de glorificação própria manifestava-se mesmo no serviço do santuário. Amavam os melhores assentos na sinagoga. Amavam as saudações nas praças, e satisfaziam-se com a publicação de seus títulos por lábios de homens. À medida que declinava a verdadeira piedade, tornavam-se mais zelosos de suas tradições e cerimônias.
Em vista de terem o entendimento obscurecido pelo preconceito egoísta, não podiam harmonizar o poder das convincentes palavras de Cristo com a humildade de Sua vida. Não apreciavam o fato de que a verdadeira grandeza dispensa a ostentação. A pobreza desse Homem parecia inteiramente em desacordo com Sua afirmação de ser o Messias. Cogitavam: Se Ele é o que