- O Desejado de Todas as Nações III. O Ungido
Prisão e Morte de João Batista
Capítulo: 021 022023
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fizera Elias, ou empunhar a vara do poder de Moisés em nome de Deus. Foi enviado para anunciar o advento do Salvador, e chamar o povo a preparar-se para Sua vinda. Tão fielmente cumpriu ele sua missão, que, ao recordar o povo o que lhes ensinara a respeito de Jesus, podiam dizer: "Tudo quanto João disse dEste era verdade." Um testemunho assim todo discípulo de Cristo é chamado a dar de seu Mestre.
Como precursor do Messias, João era "muito mais do que profeta". Pois ao passo que os profetas haviam visto de longe o advento de Cristo, a João foi dado contemplá-Lo, ouvir do Céu o testemunho de Sua messianidade, e apresentá-Lo a Israel como o Enviado de Deus. Todavia, Jesus disse: "Aquele que é o menor no reino dos Céus é maior do que ele." Mat. 11:11.
O profeta João foi o elo que ligou as duas dispensações. Como representante de Deus, apresentou-se para mostrar a relação da lei e dos profetas para com a dispensação cristã. Era a luz menor, que havia de ser seguida por outra maior. A mente de João era iluminada pelo Espírito Santo, a fim de que projetasse luz sobre seu povo; nenhuma outra luz, porém, nunca brilhou nem jamais brilhará tão claramente sobre os caídos homens, como a que emanou dos ensinos e exemplos de Jesus. Cristo e Sua missão, segundo eram tipificados nos sacrifícios simbólicos, não foram compreendidos senão muito vagamente. O próprio João não entendera plenamente a vida futura e imortal mediante o Salvador.
Exceto a alegria que João encontrara em sua missão, sua existência foi de dores. Raras vezes fora sua voz ouvida a não ser no deserto. O isolamento foi a sorte que lhe coube. E não lhe foi dado ver os frutos de seus labores. Não teve o privilégio de estar com Cristo, e testemunhar a manifestação de poder divino que acompanhava a maior luz. Não lhe foi concedido ver o cego no gozo da vista, o enfermo restabelecido e o morto ressuscitado. Não contemplou a luz que irradiava de cada palavra de Cristo, derramando glória sobre as promessas da profecia. O menor discípulo que viu as poderosas obras de Cristo, e Lhe ouviu as palavras, foi, nesse sentido, mais altamente privilegiado que João Batista e, portanto, diz-se ter sido maior do que ele.
Através das vastas multidões que haviam escutado as pregações de João, sua fama espalhara-se pela terra. Profundo era o interesse sentido quanto ao resultado de sua prisão. Mas sua vida irrepreensível, e o forte sentimento público em seu favor levavam a crer que nenhuma medida violenta seria tomada contra ele.
Herodes acreditava que João era profeta de Deus, e tinha