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O Desejado de Todas as Nações
LivrosAutor: Ellen White
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Os links abaixo estão disponiveis com permissão do Ellen G. White Estate em Silver Spring, Maryland, EUA.

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se esse novo mestre era o Messias, não fazia nada para que João fosse solto? Como podia Ele permitir que Seu fiel precursor fosse privado da liberdade e talvez da vida?

Estas perguntas não deixaram de produzir efeito. Dúvidas que, do contrário, nunca teriam sido suscitadas, foram então sugeridas a João. Satanás regozijou-se em ouvir as palavras desses discípulos, e ver como elas quebrantaram a alma do mensageiro do Senhor. Oh! quantas vezes os que se julgam amigos de um homem bom, e anseiam mostrar sua fidelidade para com ele, se demonstram os mais perigosos inimigos! Quantas vezes, em lugar de lhe fortalecer a fé, suas palavras deprimem e desanimam!

Como os discípulos do Salvador, João Batista não compreendia a natureza do reino de Cristo. Esperava que Jesus tomasse o trono de Davi; e, ao passar o tempo, e o Salvador não reclamar nenhuma autoridade real, João ficou perplexo e turbado. Declarara ao povo que, a fim de o caminho ser preparado diante do Senhor, a profecia de Isaías devia ser cumprida, os montes e os outeiros se deviam abaixar, endireitar os caminhos tortuosos, e os lugares ásperos ser aplainados. Esperava que as elevações do orgulho e do poder humanos fossem derribadas. Apresentara o Messias como Aquele cuja pá estava em Sua mão, e que limparia inteiramente Sua eira, ajuntaria o trigo no celeiro, e queimaria a palha com fogo que não se apagaria. Como o profeta Elias, em cujo espírito e poder ele próprio viera a Israel, esperava que o Senhor Se revelasse como um Deus que responde por fogo.

O Batista fora, em sua missão, um destemido reprovador da iniqüidade, tanto nos lugares elevados como nos humildes. Ousara enfrentar o rei Herodes com a positiva repreensão do pecado. Não tivera a vida por preciosa, contanto que cumprisse a missão que lhe fora designada. E agora, de sua prisão, aguardava que o Leão da tribo de Judá abatesse o orgulho do opressor, e libertasse o pobre e o que clamava. Mas Jesus parecia contentar-Se com reunir discípulos em volta de Si, curar e ensinar o povo. Comia à mesa dos publicanos, ao passo que dia a dia mais pesado se tornava o jugo romano sobre Israel, o rei Herodes e a vil amante faziam sua vontade, e o clamor do pobre e sofredor subia ao Céu.

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