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O Desejado de Todas as Nações
LivrosAutor: Ellen White
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Os links abaixo estão disponiveis com permissão do Ellen G. White Estate em Silver Spring, Maryland, EUA.

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essa dor. Antes que o nobre houvesse partido de casa, vira-lhe o Salvador a aflição.

Sabia, também, que o pai estabelecera, em seu espírito, condições quanto a crer em Jesus. A menos que sua petição fosse atendida, não O havia de aceitar como o Messias. Enquanto o oficial esperava, nessa agonia de quem se acha suspenso, Jesus disse: "Se não virdes sinais e milagres, não crereis." João 4:48.

Não obstante todas as provas de que Jesus era o Cristo, o suplicante decidira fazer do deferimento de seu pedido uma condição para nEle crer. O Salvador comparava essa incredulidade com a fé singela dos samaritanos, que não haviam solicitado qualquer milagre, sinal nenhum. Sua palavra, o sempre presente testemunho de Sua divindade, tinha convincente poder, que lhes tocara o coração. Jesus doía-Se de que Seu próprio povo, a quem haviam sido confiados os sagrados oráculos, deixasse de ouvir a voz de Deus a falar-lhes por intermédio de Seu Filho.

No entanto, o nobre possuía certo grau de fé; pois viera pedir aquilo que se lhe afigurava a mais preciosa de todas as bênçãos. Jesus tinha um dom ainda maior para conceder. Desejava, não somente curar a criança, mas tornar o nobre e sua casa participantes das bênçãos da salvação, e acender uma luz em Cafarnaum, que se devia tornar em breve o cenário de Seus próprios labores. O nobre devia compreender primeiro, no entanto, sua própria necessidade, para que pudesse desejar a graça de Cristo. Esse nobre representava muitos de sua própria nação. Interessavam-se em Jesus por motivos egoístas. Esperavam receber por meio de Seu poder qualquer benefício particular e faziam depender sua fé da obtenção desse favor temporal; ignoravam, porém, sua enfermidade espiritual, e não viam a necessidade que tinham da graça divina.

Como um jato de luz, as palavras do Salvador ao nobre lhe desnudaram o próprio coração. Viu que seus motivos em buscar a Jesus eram egoístas. Sua vacilante fé apareceu-lhe em seu verdadeiro caráter. Em profunda aflição, compreendeu que sua incredulidade poderia custar a vida do filho. Conheceu que estava em presença dAquele que lia os pensamentos, e a quem tudo era possível. Em angustiosa súplica, clamou: "Senhor, desce antes que meu filho morra!" João 4:49. Sua fé apoderou-se de Cristo, como a de Jacó, quando, lutando com o anjo, exclamara: "Não Te deixarei ir, se me não abençoares." Gên. 32:26.

Como Jacó, prevaleceu. O Salvador não pode recusar o pedido de uma alma que a Ele se apega, alegando sua grande necessidade. "Vai", disse: "o teu filho vive." João 4:50. O nobre deixou a

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