- A Ciência do Bom Viver 7. O Conhecimento por Excelência
O Falso e o Verdadeiro na Educação
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Anima o hábito da leitura apressada e superficial, unicamente pela história. Tende assim a destruir a faculdade de pensar com coerência e vigor; incapacita a alma para contemplação dos grandes problemas do dever e do destino.
Alimentando o amor de mera distração, a leitura de ficção cria um desgosto pelos deveres práticos da vida. Por meio de seu poder estimulante e intoxicador, é freqüente causa de enfermidades mentais e físicas. Muito desgraçado e negligenciado lar, muito inválido por toda a existência, muito interno de asilo de alienados, chegou a esse estado mediante o hábito da leitura de romances.
Alega-se muitas vezes que, a fim de se desviar a juventude das leituras sensacionais e indignas, deveríamos proporcionar-lhes melhor espécie de leitura de ficção. Isso equivale a tentar a cura de um bêbado dando-lhe, em lugar de uísque ou aguardente, os intoxicantes mais brandos, como vinho, cerveja ou sidra. O uso desses animaria continuamente o desejo dos estimulantes mais fortes. A única segurança para os bêbados, bem como para o homem temperante, é a total abstinência. A mesma regra se aplica ao amante de ficção. Sua única segurança é a total abstinência.
Mitos e Contos de Fadas
Na educação das crianças e dos jovens, dá-se agora importante lugar aos contos de fadas, mitos e histórias imaginárias. Usam-se nas escolas livros desta natureza, e encontram-se também os mesmos em muitos lares. Como podem pais cristãos permitir que seus filhos usem livros tão cheios de mentiras? Quando as crianças pedem a explicação de histórias tão contrárias aos ensinos recebidos de seus pais, a resposta é que essas histórias não são verdadeiras; mas isso não dissipa os maus resultados de seu uso. As idéias apresentadas nesses