- Conselhos aos Professores 7. O Mestre e a Obra
A Necessidade de Fazermos o Melhor
Capítulo: 030 031032
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Devem aprender a falar, sem nervosismo e precipitação, mas enunciando pausada, distinta e claramente, conservando a harmonia da voz.
A voz do Salvador era qual música aos ouvidos dos que se achavam habituados à pregação monótona e sem vida dos escribas e fariseus. Ele falava devagar e de modo impressivo, acentuando as palavras a que desejava que os ouvintes dessem especial atenção. Adultos e jovens, ignorantes e instruídos, podiam apreender-Lhe plenamente o sentido das palavras. Isso haveria sido impossível, falasse Ele de maneira apressada, precipitando sentença após sentença, sem uma pausa. O povo escutava-O com muita atenção, e diziam a Seu respeito que Ele não falava como os escribas e fariseus; pois Sua palavra era como a de alguém que tinha autoridade. ...
O modo de ensinar de Cristo era belo e atrativo, caracterizando-se sempre pela simplicidade. Desdobrava os mistérios do reino do Céu por meio de imagens e símbolos familiares aos ouvintes; e o povo comum O escutava de boa vontade, pois podiam entender-Lhe a palavra. Não havia expressões eruditas, para compreender as quais fosse necessário consultar o dicionário.
Jesus ilustrava as glórias do reino de Deus pelo emprego de experiências e incidentes da Terra. Possuído de compassivo amor e ternura, animava, confortava e instruía a todos que O ouviam; pois em Seus lábios fora a graça derramada, a fim de que pudesse transmitir aos homens, pela maneira mais atrativa, os tesouros da verdade.
Tal é o modo por que Ele quer que apresentemos a verdade aos outros. De grande valor é o poder da linguagem, e a voz deve ser cultivada para benefício daqueles com quem nos pomos em contato.