- Beneficiência Social VII. Os pobres
Devem os pobres exercer a benevolência
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Ela cria que o serviço do templo era indicado por Deus, e estava ansiosa por fazer tudo que lhe era possível para sua manutenção. Fez o que pôde e sua ação serviria de monumento a sua memória, através dos tempos, e alegria na eternidade. O coração acompanhou-lhe a dádiva; seu valor foi estimado, não pela importância da moeda, mas pelo amor para com Deus e o interesse para com Sua obra, que a motivaram.
Jesus disse da viúva pobre: Ela “lançou mais do que todos”. Os ricos deram de sua abundância, muitos deles para serem vistos e honrados pelos homens. Seus grandes donativos não os privaram de nenhum conforto, nem mesmo do luxo; não tinham exigido nenhum sacrifício que pudesse ser comparado, em valor, com as moedas da viúva.
É o motivo que imprime cunho às nossas ações, assinalando-as com ignomínia ou elevado valor moral. Não são as grandes coisas que todos os olhos vêem e toda língua louva, que Deus reputa mais preciosas. Os pequenos deveres cumpridos com contentamento, as pequeninas dádivas que não fazem vista, e podem parecer destituídas de valor aos olhos humanos, ocupam muitas vezes diante de Deus o mais alto lugar. Um coração de fé e amor é mais precioso para Deus que os mais custosos dons. A viúva pobre deu sua subsistência para fazer o pouco que fez. Privou-se de alimento para oferecer aquelas duas moedinhas à causa que amava. E fê-lo com fé, sabendo que seu Pai celestial não passaria por alto sua grande necessidade. Foi esse espírito abnegado e essa infantil fé que atraiu o louvor do Senhor.
Existem entre os pobres muitos que anelam manifestar gratidão para com Deus por Sua graça e verdade. Desejam ardentemente tomar parte, com seus irmãos mais prósperos, na manutenção de Seu serviço. Essas almas não devem ser repelidas. Permita-se-lhes pôr suas